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Falcão, Ricardo (2016). O pânico moral e a crise das masculinidades: as TIC no Senegal. Pensar África: seminário permanente de Estudos Africanos.
R. M. Falcão, "O pânico moral e a crise das masculinidades: as TIC no Senegal", in Pensar África: seminário permanente de Estudos Africanos, 2016
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TY - CPAPER
TI - O pânico moral e a crise das masculinidades: as TIC no Senegal
T2 - Pensar África: seminário permanente de Estudos Africanos
AU - Falcão, Ricardo
PY - 2016
AB - Esta apresentação segue na linha do trabalho realizado para o doutoramento em Estudos Africanos e pretende situar-se na intersecção das conclusões finais do trabalho, começado em 2009, e daquelas que foram as suas formulações iniciais, como forma de questionamento da construção de um objecto de pesquisa. O trabalho de terreno antropológico e a etnografia prolongada são importantes dimensões das reformulações ao longo de uma pesquisa e pretendo com esta apresentação discutir brevemente as diversas dimensões aí envolvidas, das mais prosaicas às mais filosóficas.
Aquele que incialmente se assumiu como um estudo da apropriação das TIC no Senegal transformou-se por força da relação etnográfica na tentativa de compreender os pânicos morais associados às tecnologias, representando genericamente uma contemporaneidade globalizada. Neste país oeste-africano as TIC, hoje tão importantes em todo o mundo, participam activamente da redefinição das relações sociais. Um difuso medo de alienação cultural, ou perda de autenticidade (africana), associa as novas possibilidades instrumentais a uma crise de valores, à perda de identidade cultural. Essa "crise" é, no entanto, fruto de uma outra que se impõe, dos valores patriarcais e da própria constituição subjectiva da masculinidade, e essa mesma manifesta-se no policiamento dos corpos de jovens e mulheres, as categorias normalmente consideradas na subalternidade do poder patriarcal.
Este estudo procurou fazer sentido da intersecção entre a apropriação das TIC e as diversas crises associadas ao poder patriarcal analisando a relação entre os corpos e imagem pública de jovens e mulheres e a estrutura social patriarcal, focando-se para isso numa ideia de um regime de exposição pública diferente do de um passado não muito longínquo que assinala uma rutura ideológica importante, facilitada e exacerbada pelas sociabilidades jovens contemporâneas num cenário saturado de comunicações.
ER -
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