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Saleiro, Sandra Palma (2017). Super-heróis e princesas: estereótipos de género na infância. VIII Jornadas do Serviço de Pediatria do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães.
S. M. Saleiro, "Super-heróis e princesas: estereótipos de género na infância", in VIII Jornadas do Serviço de Pediatria do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, Guimarês, 2017
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TY - CPAPER TI - Super-heróis e princesas: estereótipos de género na infância T2 - VIII Jornadas do Serviço de Pediatria do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães AU - Saleiro, Sandra Palma PY - 2017 CY - Guimarês UR - https://justnews.pt/documentos/2015/image/file/4a17/Programa_VIII%20Jornadas%20de%20Pediatria_Guimaraes.pdf AB - Nesta comunicação abordaremos os estereótipos de género na infância, na perspetiva das ciências sociais. Os estereótipos de género são crenças naturalizadas de que homens e mulheres, meninos e meninas devem ser e agir de modos diferentes. Na infância, os brinquedos constituem um dos principais veículos de reprodução dos estereótipos de género, no modo como são concebidos, apresentados, a quem são dirigidos e como são publicitados. Os comerciantes expõem-nos divididos em secções ou prateleiras de meninos e meninas e tal distinção é frequentemente replicada nas creches e jardins-de-infância. Esta segregação tem como consequência que, quando as crianças apresentam gostos ou preferências que recaem fora do socialmente expectável, isso é encarado como um “problema”, tanto pela família, como por educadores/as ou professores/as. Sendo perspetivado como algo que “necessita de ser corrigido” é frequente que as famílias recorram a profissionais de saúde. A postura e a reação dos profissionais de saúde afiguram-se determinantes no modo como as famílias vão lidar com a situação, pois são considerados como uma das principais (se não a principal) fontes de conhecimento e de autoridade científica. Nesta comunicação convida-se os/as profissionais de saúde, bem como outros, sobretudo os ligados à educação, a trabalhar em conjunto com a família no combate aos estereótipos de género na infância, para que todas as crianças, independentemente do seu sexo, possam crescer e desenvolver-se expressando-se sem restrições que advêm unicamente de preconceitos. Na verdade, que mal pode advir, por exemplo, de um menino brincar com bonecas? O de desenvolver as suas apetências e capacidades para ser cuidador? A “solução difícil”, mas necessária, é trabalhar na desconstrução dos estereótipos de género, ao invés de limitar ou patologizar a diversidade de expressões de género logo desde a infância. ER -