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Sequeira, A. (2017). Malária em Moçambique: políticas, provedores de cuidados, saberes e práticas de gestão da doença. Lisboa. CEI-IUL.
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A. R. Sequeira,  Malária em Moçambique: políticas, provedores de cuidados, saberes e práticas de gestão da doença, Lisboa, CEI-IUL, 2017
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TY  - BOOK
TI  - Malária em Moçambique: políticas, provedores de cuidados, saberes e práticas de gestão da doença
AU  - Sequeira, A.
PY  - 2017
CY  - Lisboa
UR  - http://books.openedition.org/cei/94
AB  - As sociedades do distrito de Chókwè, no sul de Moçambique, caracterizam-se por uma diversidade de etnomedicinas, nomeadamente a biomedicina, a medicina tradicional e a cura espiritual. No âmbito das atividades de controlo da malária, analisaram-se os conhecimentos e práticas relacionados com a sua etiologia, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento, de acordo com os diferentes provedores de cuidados de saúde consultados. A análise deste fenómeno foi realizada à luz de uma perspectiva interpretativa e crítica, integrando fatores de ordem económica, social, política, organizacional e cultural, que são frequentemente marginalizados na compreensão desta doença. Com base numa abordagem multidisciplinar e qualitativa, concluiu-se que a construção social da enfermidade emerge não só da experiência psicossocial dos doentes e grupos sociais mas também de todas as dinâmicas que integram a vida em sociedade, em especial da teia de relações socioculturais, ideológicas, políticas e vivências, simbolismos, fluxos de informação e os múltiplos atores, que compõem a complexa arquitetura do Sistema Nacional de Saúde, em Moçambique. Recusando a “monocultura epistémica”, as histórias de vida relativas aos provedores de saúde tradicionais (curandeiros e pastores) e os discursos sobre a sua identidade evidenciam os conflitos e as tensões existentes bem como as tentativas de harmonização, cooperação e complementaridade terapêutica. Do mesmo modo que o mosquito Anopheles resiste e se adapta às alterações do meio, também os conhecimentos, as práticas terapêuticas e as relações sociais respeitantes à saúde e à doença estão em constante mutação. Em ambos os casos, desconhecem-se as subsequentes modalidades e configurações.


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