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Maia, M. (2009). Comportamentos sexuais de risco e barreiras ao teste de diagnóstico do VIH/SIDA. V Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade.
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M. A. Maia,  "Comportamentos sexuais de risco e barreiras ao teste de diagnóstico do VIH/SIDA", in V Congr.o Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade, Viseu, 2009
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TY  - CPAPER
TI  - Comportamentos sexuais de risco e barreiras ao teste de diagnóstico do VIH/SIDA
T2  - V Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade
AU  - Maia, M.
PY  - 2009
CY  - Viseu
AB  - Foram realizadas entrevistas semi-diretivas a sete homens que têm sexo com homens (HSH) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em zonas urbanas, nos distritos de Aveiro, Lisboa, Porto e Viseu. A análise qualitativa dos dados revelou que as práticas sexuais de risco traduzem frequentemente um acto de rebeldia contra os discursos normativos da prevenção, os discursos normativos que ordenam uma higiene de vida sã e regrada, e a moral dominante que erige a heterossexualidade em norma, assim como um desafio às regras do sexo seguro. Neste sentido, os discursos preventivos são mais bem aceites e interiorizados se provierem do grupo a que o indivíduo sente pertencer, ao qual se identifica e no qual confia. 
O desejo de insubordinação e o desejo de libertação pelo sexo revelam-se potenciais motores das práticas sexuais de risco, que podem ser interpretados como impulsos de liberação num contexto social em que os homossexuais aspiram a mais direitos civis, liberdade e visibilidade. A “escapadela libertadora” constitui um espaço poroso ao risco. Nnum contexto de desejo de libertação, é vivida como uma lufada de liberdade antes de regressar ao quotidiano regrado pelos cuidados preventivos.
A esta condição acrescenta-se uma banalização da doença que acarreta uma habituação ao risco, tanto mais que os conhecimentos sobre as consequências da infeção e dos tratamentos do VIH são escassos, e uma « síndroma do safe sex fatigue», isto é, uma lassidão face ao sexo seguro. 

ER  -