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Carmo, R. M. & Barata, A. (2017). Teoria social da austeridade: para uma crítica do processo de precarização. Revista do Serviço Público. 68 (2), 319-342
R. M. Carmo and A. Barata, "Teoria social da austeridade: para uma crítica do processo de precarização", in Revista do Serviço Público, vol. 68, no. 2, pp. 319-342, 2017
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TY - JOUR TI - Teoria social da austeridade: para uma crítica do processo de precarização T2 - Revista do Serviço Público VL - 68 IS - 2 AU - Carmo, R. M. AU - Barata, A. PY - 2017 SP - 319-342 SN - 0034-9240 DO - 10.21874/rsp.v68i2.1382 UR - https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/1382 AB - O objetivo central deste artigo é desenvolver uma interpretação e uma compreensão do fenómeno político-social da austeridade nas suas relações com a instauração de um regime social de existência precária que se abateu, a partir de 2008, sobre Portugal e alguns países da Europa. Deste propósito resultam outros dois objetivos parcelares: por um lado, pretende-se caracterizar este processo como um regime social da precariedade nas suas condições existenciais mais estruturais, designadamente nas suas estruturas espaciotemporais; por outro, identificar os meios político-económicos pelos quais essas condições foram sendo instauradas, a partir de uma modificação profunda da vida social das populações. Analisar-se-ão as formas de desinstitucionalização decorrentes da implementação dos programas de austeridade e o seu impacto num conjunto de esferas sociais: na depreciação e desvalorização da atividade do trabalho, na incerteza da vivência espaciotemporal, no exercício da racionalidade no contexto da ação humana. Por fim, mostra-se como posicionamentos políticos de oposição à austeridade tendem a fundar a sua ação política subvertendo as condições espaciotemporais que a austeridade procura impor. ER -