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Seabra, Pedro (2017). Brasil e África: Uma nova encruzilhada. Iberoamericana. 17 (66), 213-217
P. N. Seabra, "Brasil e África: Uma nova encruzilhada", in Iberoamericana, vol. 17, no. 66, pp. 213-217, 2017
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TY - GEN TI - Brasil e África: Uma nova encruzilhada T2 - Iberoamericana VL - 17 AU - Seabra, Pedro PY - 2017 SP - 213-217 SN - 1577-3388 DO - 10.18441/ibam.17.2017.66.207-229 UR - https://journals.iai.spk-berlin.de/index.php/iberoamericana/article/view/2413/1995 AB - Por entre a lista de sucessos e conquistas que a política externa brasileira tende a reclamar como resultado dos governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), é frequente encontrar o restabelecimento de laços prolíficos com África em lugar de amplo destaque. Após um interregno temporal considerável, a aposta nas relações Sul-Sul com África, de forma crescente, entre 2003 e 2016, acabou por representar um feito notável no plano externo. Subitamente, o Brasil passou a apresentar-se como um ator incontornável em discussões-chave para África, quer fossem sobre energia, cooperação para o desenvolvimento, governança internacional, comércio ou agricultura, ao mesmo tempo que era percepcionado como um exemplo de potência emergente em clara demanda. Do ponto de vista de vários países africanos, estimular e manter relações produtivas com o Brasil era por isso entendido como uma decisão acertada por entre um contexto internacional em rápida mudança, que parecia abrir cada vez mais espaço para novas soluções e novos intervenientes. No entanto, num curto espaço de tempo, esta breve avaliação inverteu-se diametralmente na medida em que a própria narrativa que sustentou o engajamento do Brasil com África nos últimos anos começou também ela a ser posta em causa. Com efeito, falar de Brasil e África na atualidade implica abordar um conjunto de expetativas em risco de saírem defraudadas e uma nova retração generalizada, alimentada quer pelas sucessivas descobertas sobre o comportamento das principais empresas privadas e lideranças políticas brasileiras, quer pela crise económica que o país ainda experiencia. Torna-se, por isso, legítimo repensar os pressupostos que fomentaram um engajamento que sempre aparentou ser tão natural quanto inevitável e sustentável. Uma simples derivação de um ditado popular poderá se revelar particularmente ilustrativa nesse sentido: ‘diz-me quanto pagas, com quem te alias, e quem proteges, e dir-te-ei quem és’. ER -