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Duarte, C. & André, P. (2017). Deixar-se perder na cidade: teorias urbanas a partir do século XIX. In Paula André (Ed.), Antologia de ensaios: Laboratório Colaborativo. Dinâmicas urbanas, património e artes. Investigação, ensino e difusão. (pp. 8-27). Lisboa: DINÂMIA'CET-IUL.
C. S. Duarte and P. C. Pinto, "Deixar-se perder na cidade: teorias urbanas a partir do século XIX", in Antologia de ensaios: Laboratório Colaborativo. Dinâmicas urbanas, património e artes. Investigação, ensino e difusão, Paula André, Ed., Lisboa, DINÂMIA'CET-IUL, 2017, vol. 1, pp. 8-27
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TY - CPAPER TI - Deixar-se perder na cidade: teorias urbanas a partir do século XIX T2 - Antologia de ensaios: Laboratório Colaborativo. Dinâmicas urbanas, património e artes. Investigação, ensino e difusão VL - 1 AU - Duarte, C. AU - André, P. PY - 2017 SP - 8-27 CY - Lisboa UR - https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/14737 AB - No início do século XX, Walter Benjamim afirma a importância, para o homem urbano, de se deixar perder na cidade, sem orientação, sem rumo definido, apenas seguindo os sinais que os transeuntes com que se cruza e os espaços públicos, arquitetura e sinalética que percorre, indicam. Atualmente, num mundo em que a tecnologia guia os passos georreferenciados na malha coordenada da cartografia online, a sensação de “estar perdido” é difícil, se não totalmente impossível de concretizar, especialmente pelo receio que o estar desligado da rede, perdendo o controlo sobre onde se está e para onde se deve e quer ir, provoca. Contrariamente à posição que se generalizou no homem contemporâneo, a teorização urbana que se baseia na importância de caminhar no espaço público, tem sido, desde o século XIX, prolífera, enaltecendo e enfatizando a importância de o homem não saber onde se encontra, e tendo assim que entender e procurar o seu caminho, nos sinais que os sentidos e a intuição vão descodificando em seu redor. Os anos de Oitocentos, vêem surgir as primeiras teorias que enaltecem a importância de deambular pelas cidades, como forma de a estudar e de a compreender, enquanto organismo físico, social e cultural. Este estudo pretende abordar algumas dessas teorias, como sejam o conceito de flâneur, preconizado por Edgar Allan Poe, Charles Baudelaire e Walter Benjamin, bem como os princípios que estão subjacentes ao deambular Dadaísta e Surrealista e à deriva situacionista e ao conceito de transurbância, descrito e praticado pelo grupo de investigação orientado por Francesco Careri. Deambular em espaço público é, antes de mais, uma forma de conhecer os espaços desconhecidos das cidades e de entender a forma como a alma, os sentidos e o consciente/subconsciente das populações, constroem áreas e mapas segundo padrões psicogeográficos. As cidades são feitas de pessoas e das suas vivências e trocas sociais, que só se podem efetivar recorrendo a processos de apropriação do espaço público. Deambular, saindo da malha conhecida e reconhecível, permite cruzamentos e encontros e um conhecimento do território que se habita, que se tornam mais difíceis percorrendo apenas a cartografia identificável. ER -