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Henriques, J. M. (2017). Wicked Problems e Planeamento Territorial para a Resiliência: Knowledge Alliances, Desafios Metodológicos e Perspectivas da Investigação Transdisciplinar, WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa. WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa.
J. M. Henriques, "Wicked Problems e Planeamento Territorial para a Resiliência: Knowledge Alliances, Desafios Metodológicos e Perspectivas da Investigação Transdisciplinar, WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa", in WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa, Lisboa, 2017
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TY - CPAPER TI - Wicked Problems e Planeamento Territorial para a Resiliência: Knowledge Alliances, Desafios Metodológicos e Perspectivas da Investigação Transdisciplinar, WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa T2 - WORKSHOP DINÂMIA-CET Dinâmicas Socioeconómicas e Territoriais Contemporâneas, 18 Dezembro 2017, Lisboa AU - Henriques, J. M. PY - 2017 CY - Lisboa AB - O reconhecimento de problemas societais como wicked problems, a complexidade acrescida da sua expressão contemporânea e a impossibilidade de prevêr a ocorrência e de calcular o risco associado a eventos raros (Black Swan problem) convidam ao aprofundamento das implicações de uma revisita à reflexão teórico-conceptual em desenvolvimento territorial à luz do debate contemporâneo sobre ‘resiliência territorial’ e sobre as condições de que poderá depender a relevância do conhecimento científico a produzir tendo em vista os desafios que se colocam ao planeamento territorial. No contexto de crise vivido desde 2008, para além do aprofundamento do tema da ‘anti-fragilidade’, tem-se assistido a um assinalável esforço de investigação no domínio da ‘resiliência económica territorial’ tomando como referência de partida a ‘resiliência dos sistemas socio-ecológicos’. Também este tipo de investigação recente tem retomado temas centrais da transição paradigmática em curso no domínio do desenvolvimento regional que justificam uma análise sistemática. A literatura sobre ‘resiliência económica territorial’ tem vindo a evidenciar o reconhecimento crescente de aspectos path-dependent de natureza institucional assim como da centralidade de formas diversificadas de agency na possibilidade de acção humana intencional para a resiliência. Essa evolução permite explorar a possibilidade de que processos de ‘resiliência adaptativa’, de ‘resiliência transformadora’ ou de ‘anti-fragilidade’ possam decorrer de processos de aprendizagem associados à própria experiência ou a experiências de outros contextos. A prospectiva, a antecipação e a ‘resiliência intencional’ pressupõe a necessidade de formas de produção de conhecimento científico não convencionais. Está em causa o exercício de reflexividade crítica na avaliação da própria experiência ou a exercícios de ‘atribuição de sentido’, ‘tradução’ e ‘recontextualização’ a partir do acesso a informação contida em narrativas sobre outras experiências e passível de transformação em conhecimento útil ao contexto de intervenção. Está também em causa a necessidade de produzir inovação social a partir da identificação de ‘condições de possibilidade’ sobre dimensões empíricas (ainda) não observáveis e pressupõe a identificação de sucesso da acção pela impossibilidade de observação de problemas evitados (logo, não observáveis). Por outro lado, na promoção da ‘resiliência territorial’ está menos em causa a determinação da probabilidade de ocorrência de eventos predefinidos e mais a capacidade de agir na preservação do essencial (independentemente da expressão que eventos concretos possam conhecer). Essa perspectiva permite ‘revisitar’ o debate dos anos 70 sobre ‘necessidades básicas’ no quadro da acção para o desenvolvimento e sobre a relação entre esse debate o início da transição paradigmática em desenvolvimento regional que se começou a desenhar com as propostas iniciais de um desenvolvimento regional ‘endógeno’ na resposta aos processos de reestruturação global que se começavam a desenhar na sequência da crise de 1973. O planeamento territorial para a ‘resiliência’ pressupõe o conhecimento adequado sobre as condições locais pathdependent de vulnerabilidade ao risco e o conhecimento sobre condições viabilizadores da acção individual e colectiva na acção para a diminuição de vulnerabilidades e na preparação diferenciada da capacidade de resposta a black swans imprevisíveis. Como vimos, processos dessa natureza poderão associar a antecipação e a intencionalidade humana à identificação de prioridades existenciais a preservar (condições materiais da satisfação de necessidades humanas básicas) e a eventuais vulnerabilidades a evitar. O planeamento territorial para a ‘resiliência’ pressupõe, assim, a análise da sua relação com as condições viabilizadores da capacitação dos actores locais para a acção adequada. O conhecimento a produzir encontra um contexto organizacional favorável na criação de knowledge alliances baseadas no aprofundamento de metodologias de investigação transdisciplinar. Metodologias deste tipo pressupõem a centralidade de um investigador de base disciplinar com perfil de facilitação de ‘diálogos’ interdisciplinares eventualmente organizados em torno de temas associados a projectos de acção e de ‘diálogos’ entre conhecimento científico e senso comum (atribuição de sentido a expressões diferenciadas de problemas vividos, reformulação, tradução de conhecimento científico em senso comum, devolução, reconstrução, etc.) eventualmente orientados para a reconstrução de novas formas de conhecimento relevante e útil à acção nos contextos locais. A experiência apresentada reporta-se à primeira Knowledge Alliance com caracter experimental que tem a sua acção focalizada em torno de três projectos em curso na Região Autónoma dos Açores nas freguesias da Maia, Candelária e São Roque (Ilha de São Miguel). Estes projectos encontram-se enquadrados pelo Laboratório de Economia Solidária para a Inovação Social (Academia para a Coesão nos Açores (ACA), enquadrada pela Cooperativa Kairós e pela Agência para a Coesão Territorial (AGECTA) em parceria com a Dinâmia-CET e CICS Nova. A referida Knowledge Alliance de caracter experimental poderá vir a beneficiar da concretização inicial do Projecto DIMAT-SIGA (AGECTA, Dinâmia-CET e CICS Nova) com a exploração experimental da informação estatística sobre coesão territorial tornada disponível (‘Açores-Data’) e com a exploração experimental das potencilidades da Plataforma CIARIS-CT (http://ciaris-ct.pt) no apoio a metodologias de investigação transdisciplinar visando a capacitação para a acção através de processos de aprendizagem organizados em ‘comunidades de prática’ virtuais para além das situações presenciais decorrentes da acção corrente. A Plataforma CIARIS-CT assegura o acolhimento de CoP virtuais, a facilitação online de processo e de conteúdo, assim como um centro de recursos de acesso livre. ER -
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