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Caetano, A. (2018). Voltar a si: crises biográficas, identidade e reflexividade. X Congresso Português de Sociologia: “Na era da “pós-verdade”? Esfera pública, cidadania e qualidade da democracia no Portugal contemporâneo”.
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A. M. Caetano,  "Voltar a si: crises biográficas, identidade e reflexividade", in X Congr.o Português de Sociologia: “Na era da “pós-verdade”? Esfera pública, cidadania e qualidade da democracia no Portugal contemporâneo”, Covilhã, 2018
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	year = "2018"
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TY  - CPAPER
TI  - Voltar a si: crises biográficas, identidade e reflexividade
T2  - X Congresso Português de Sociologia: “Na era da “pós-verdade”? Esfera pública, cidadania e qualidade da democracia no Portugal contemporâneo”
AU  - Caetano, A.
PY  - 2018
CY  - Covilhã
AB  - Rotina, hábito e previsibilidade são parte integral dos percursos de vida e tornam a vida em sociedade possível. Mas uma biografia é também composta por múltiplas disrupções que alternam com momentos de estabilidade. Situações como a morte de alguém próximo, doença, divórcio ou problemas familiares são comuns na vida da maior parte das pessoas. Outro tipo de eventos, como sejam acidentes ou assaltos podem ser menos frequentes e muitas vezes até inesperados e imprevisíveis nos percursos biográficos. Ainda assim, independentemente do seu grau de imprevisibilidade, momentos de ruptura e descontinuidade contribuem também para configurar a biografia de uma pessoa, bem como as suas opções e circunstâncias. Os momentos e acontecimentos que despoletam estas disrupções têm efeitos profundos na vida dos sujeitos, não apenas em termos da sua estruturação material e rotineira, mas também no que diz respeito às visões que os indivíduos têm do mundo e sobretudo de si mesmos. 
O principal objectivo desta comunicação é precisamente analisar os impactos, do ponto de vista de processos de reconstrução identitária, que podem decorrer de diferentes tipos de crises biográficas – ou seja, fases de vida marcadas pela disrupção dos quadros habituais de ação e pensamento com efeitos profundos na vida dos indivíduos. A adaptação às novas realidades que podem emergir de situações de crise consiste, acima de tudo, num trabalho identitário que implica a activação da reflexividade individual para fazer sentido do sucedido. Nalguns casos ocorrem pequenos ajustes e processos adaptativos face ao que são as estruturas mentais básicas dos indivíduos; noutros, verifica-se mesmo uma reestruturação mais ampla dos esquemas mentais (disposicionais e reflexivos) e do modo como se veem a si mesmos e aos outros no mundo. Este trabalho identitário implica frequentemente restituir um sentido de continuidade e coerência à biografia, redefinição das redes de relacionamento e mudanças no modo como os indivíduos se relacionam com as estruturas sociais e os sistemas abstractos.
A discussão é baseada numa pesquisa qualitativa em curso focada na análise das origens, experiências e efeitos das crises biográficas. Foram realizadas 45 entrevistas biográficas para reconstituir, quer do ponto de vista dos eventos, quer dos significados que as pessoas lhes atribuem, a complexidade das trajetórias e percursos individuais.

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