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Dores, A. (2018). A actualização do ensino-aprendizagem das teorias sociais é trabalho colaborativo e contínuo. O ensino das teorias sociológicas .
A. P. Dores, "A actualização do ensino-aprendizagem das teorias sociais é trabalho colaborativo e contínuo", in O ensino das teorias sociológicas , Lisboa, 2018
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TY - CPAPER TI - A actualização do ensino-aprendizagem das teorias sociais é trabalho colaborativo e contínuo T2 - O ensino das teorias sociológicas AU - Dores, A. PY - 2018 CY - Lisboa UR - http://cadeiras.iscte-iul.pt/TS3/ts2_lk_Simposio_2018_prog.htm AB - Vivem-se tempos perigosos e, por isso mesmo, desafiantes. A teoria resultou, em larga medida, das possibilidades intelectuais abertas pela tecnologia de impressão, actualmente a ser completada, mas também alterada, pelas tecnologias micro-electrónicas de informação e comunicação à distância. A especialização das teorias resultou de grupos e redes de investigação e pode tornar-se dispersiva quando o número de grupos e redes se expande. Vivem-se tempos a reclamar sínteses praticamente impossíveis, dada o excesso de informação e a dispersão da mente dos profissionais e dos estudantes em mundos e representações do mundo defensivamente estanques entre si. Vivem-se também as ansiedades das urgências da intervenção cívica em defesa dos valores da civilização que fundou a sociologia e os impactos do utilitarismo corporativo a lutar pelo prestígio do campo. Estas condições estruturais globais têm efeitos locais. Há uma contradição entre as abruptas decisões estruturais de transformação da universidade e a continuidade de práticas educativas que começaram por ser pensadas para circunstâncias bastante diferentes das actuais. Há uma contradição entre o ambiente de criação de uma sociologia nacional, a partir da proibição de tal prática no anterior regime, e a necessidade de adaptar aquilo que foi conseguido aos novos desafios e às circunstâncias de globalização e menor atractividade das teorias sociais. Podemos adoptar uma perspectiva de resistência na defesa da sociologia que existe ou, o que será aqui defendido, uma perspectiva de afirmação das potencialidades de adaptação e vigor do ensino e das práticas profissionais da sociologia. Ao contrário de uma revolução, o que aqui se defende é uma subtil abertura capaz de tornar o respeito pelo trabalho inovador de todos e cada um sentimento sinceramente partilhado. Trata-se de admitir, ao mesmo tempo, uma abertura a um mundo cada vez mais plural e desenvolver uma capacidade de adaptação conservadora daquilo que une, através da prática da controvérsia. Na fileira de teorias sociológicas conflituam o dogma próprio do valor elitista do tempo dos livros e a crença ingénua sobre o que são factos vistos na internet. Dogmas e crenças persistem e multiplicam-se nos silêncios das dificuldades de participação nos processos de ensino-aprendizagem, tanto de professores como de estudantes. A minha contribuição para o debate sobre a renovação do ensino-aprendizagem das teorias sociológicas, em termos pragmáticos, é uma proposta de continuidade deste debate, como prática regular, com vista a permitir organizar um debate público entre colegas e estudantes, dentro e fora das aulas. A minha contribuição para o debate, ao mesmo tempo teórico e pedagógico, a organizar regularmente, a partir desta iniciativa, decorre, naturalmente, da minha própria investigação teórica. A teoria dos estados de espírito pode ser aplicada ao estudo das teorias sociais. O contraponto entre os espíritos revolucionário, corporativo e burocrático são facilmente reconhecíveis como uma discussão fundadora das teorias sociais. ER -