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Santos, S. (2018). Grandes sociedades de advogados enquanto organizações genderizadas: análise dos impactos na socialização e integração profissional de jovens advogados/as. Mulheres, Mundos do Trabalho e da Cidadania.
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S. A. Santos,  "Grandes sociedades de advogados enquanto organizações genderizadas: análise dos impactos na socialização e integração profissional de jovens advogados/as", in Mulheres, Mundos do Trabalho e da Cidadania, Lisboa, 2018
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TY  - CPAPER
TI  - Grandes sociedades de advogados enquanto organizações genderizadas: análise dos impactos na socialização e integração profissional de jovens advogados/as
T2  - Mulheres, Mundos do Trabalho e da Cidadania
AU  - Santos, S.
PY  - 2018
CY  - Lisboa
UR  - https://us7.campaign-archive.com/?u=7261b82607989aaa8b3f09feb&id=e2efd050c4
AB  - As grandes sociedades de advogados são organizações complexas, estratificadas que se posicionam nos mercados internacionais de oferta de serviços jurídicos (Dezalay and Sugarman, 1995). Os seus profissionais trabalham num ambiente global, competitivo e diverso(Faulconbridge and Muzio, 2008, 2012). As questões da diversidade no recrutamento de novos advogados têm vindo a aumentar num movimento de fora para dentro que abrange, em primeiro lugar, as sociedades internacionais e se expande para as sociedades de advogados nacionais. Através de políticas de promoção da diversidade com a inclusão de mulheres e de minorias étnicas (Tomlinson et al., 2016) as sociedades de advogados procuram responder aos novos desafios do profissionalismo comercial (Hanlon, 1998) centrados na procura de responder a uma panóplia de interesses dos clientes, cada vez mais diversos e internacionais.
No entanto, estas transformações coexistem com desigualdades históricas e de carácter persistente, tal como o acesso tardio das mulheres à profissão e a dificuldade em atingir posições no topo da hierarquia (Bolton and Muzio, 2007), e ainda com a persistente reprodução social da imagem do advogado como um homem branco oriundo das classes médias (Wilkins and Gulati, 1996). Joan Acker denomina o fenómeno de trabalhador universal, um protótipo presumido como de género neutro, uma pessoa sem corpo que tem na figura masculina o seu símbolo universal. Esta conceptualização do trabalhador pressupõe a neutralidade de género da estrutura organizacional empurrando para a sociedade em geral a problemática da igualdade de género. A crítica de Acker parte da necessidade de desmascarar esta falácia através da discussão das relações de poder e de género no interior das organizações (Acker: 1990:143). Se os homens continuam a ocupar posições centrais no mundo do trabalho e, - na advocacia, em particular - podem impor as suas visões e definir a identidade e ética profissional. Mas também, podem continuar a promover os seus projetos profissionais enquanto modelos de ação para os/as novos/as advogados/as.
Esta comunicação tem como objetivo apresentar resultados de uma pesquisa, iniciada em 2014, dedicada à socialização e integração profissional de jovens advogados em sociedades de grande dimensão com sede ou filial em Lisboa.
Um conjunto de questões orientam a comunicação. Como é realizado o processo de socialização profissional? Como são gizados os projetos profissionais individuais e quais os impactos da organização nas escolhas individuais? Existem diferenças de género na integração e desenvolvimento profissional e de que formas são experienciadas pelos indivíduos?
Estas questões são discutidas através da análise de um conjunto de dezanove entrevistas biográficas a homens e mulheres advogadas entre os 25 e os 34 anos, refletindo sobre discursos e práticas dos indivíduos. Assim, pretende-se explorar as relações entre os condicionamentos das estruturas sociais nos projetos pessoais e as respostas individuais que embora diferenciáveis e singulares apresentam padrões que moldam a ação humana e continuam a distinguir homens e mulheres.

ER  -