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Rezola, Maria Inácia (2018). Romper com o passado: por uma televisão ‘do povo’ e ‘para o povo’. A RTP na Revolução de 1974-1975. Os media no Portugal Contemporâneo: da ditadura à democracia.
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M. I. Clemente,  "Romper com o passado: por uma televisão ‘do povo’ e ‘para o povo’. A RTP na Revolução de 1974-1975", in Os media no Portugal Contemporâneo: da ditadura à democracia, Lisboa, 2018
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TY  - CPAPER
TI  - Romper com o passado: por uma televisão ‘do povo’ e ‘para o povo’. A RTP na Revolução de 1974-1975
T2  - Os media no Portugal Contemporâneo: da ditadura à democracia
AU  - Rezola, Maria Inácia
PY  - 2018
CY  - Lisboa
AB  - Incluída entre os principais objectivos do plano de operações militares do dia 25 de Abril, a Radiotelevisão Portuguesa (RTP) é uma peça fundamental da revolução portuguesa. Mais que um simples espelho das convulsões que atravessam o país, nos anos de 1974-1975, a televisão está presente e participa nos acontecimentos. É pelo pequeno ecrã que, na noite do golpe, os portugueses ficam a conhecer o rosto dos homens que integram a Junta de Salvação Nacional e a sua Proclamação política. É pela televisão que, a 27 de Julho de 1974, sabem da publicação da lei 7/74 pela qual o Estado português reconhece o direito dos povos coloniais à autodeterminação e independência. A televisão está presente nas barricadas do 28 de Setembro e as suas instalações de Lisboa e Monsanto são mantidas sob apertada vigilância militar. Dois dias depois, é também pela televisão que o país escuta o alarmante discurso de renúncia do Presidente da República António de Spínola. Já em 1975, a RTP é parte activa em dois dos mais importantes acontecimentos político-militares desse ano: o 11 de Março e o 25 de Novembro. Isto depois de, a 6 de Novembro, o país ter parado para ver na televisão o histórico debate Soares-Cunhal.
O objecto desta comunicação é analisar como a RTP – considerada por Francisco Rui Cádima (1996) como um poderoso aparelho de propaganda do regime deposto – atravessou e viveu a Revolução de 1974-1975, tendo em conta as transformações operadas em termos de programação mas também em termos de estrutura de funcionamento, direcção e pessoal

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