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Pereira, S., Barros, J., Souto, J. & Nuno, C. (2018). Memória oral e digitalização: O caso do AMOPC. Archives in the Age of Digital Humanities – International Conference – 7th Section.
S. C. Pereira et al., "Memória oral e digitalização: O caso do AMOPC", in Archives in the Age of Digital Humanities – Int. Conf. – 7th Section, Évora, 2018
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TY - CPAPER TI - Memória oral e digitalização: O caso do AMOPC T2 - Archives in the Age of Digital Humanities – International Conference – 7th Section AU - Pereira, S. AU - Barros, J. AU - Souto, J. AU - Nuno, C. PY - 2018 CY - Évora AB - O Arquivo de Memória Oral das Profissões da Comunicação é um arquivo digital criado em 2017, na ESCS/IPL mas constituído por investigadores de instituições nacionais e do Brasil. Designa um repositório de memórias orais dos profissionais das várias áreas da comunicação, rejeitando a perspetiva de uma recolha parcelar, por sector ou suporte tecnológico, tomando-as como um conjunto ocupacional, onde muitas trajetórias cruzam diferentes contextos e níveis de exercício profissional. Esta recolha surgiu como necessidade de resgatar vozes plurais com percursos, práticas e saberes tão amplos quanto possível, muitos deles ausentes dos documentos institucionais ou secundarizados nas abordagens clássicas destas atividades. A ideia para a criação deste arquivo resultou da constatação de que as atividades ligadas à comunicação têm atravessado profundas transformações, envolvendo a produção de conteúdos, a sua divulgação / distribuição e o seu consumo. O impacto do novo ambiente digital, em particular nas profissões da comunicação, é de tal ordem que muitos têm sido os prognósticos de reconfiguração completa, mesmo a extinção, de algumas dessas atividades ou, pelo menos, de determinadas especializações profissionais. Face a este cenário, muitas memórias poderão perder-se e muita riqueza e modos de trabalhar a comunicação também correm o risco do ‘esquecimento da história’. Assim, este arquivo insere-se numa tendência recente, aberta pelas potencialidades da internet e pela valorização dos suportes audiovisuais, de constituição de arquivos digitais, que têm como principais vantagens a capacidade de armazenamento de informação e a possibilidade de disseminação no tempo e espaço de larguíssimo espectro, constituindo-se o AMOPC como um lugar de memórias pessoais centradas nas práticas profissionais relacionadas com os processos de acesso, formação, produção e apresentação dos produtos comunicacionais. O aparecimento dos arquivos audiovisuais relaciona-se com o advento do cinema, da rádio e da televisão. Por imperativos legais e razões comerciais, grande parte destes arquivos nasce ligado às organizações que produzem ou difundem conteúdo nos meios de comunicação. Neste sentido, o AMOPC vem propor um outro foco e uma perspetiva inovadora, pois apresenta-se também como produtor de documentos audiovisuais digitais primários, assentes nas histórias recolhidas. Além das questões da evolução tecnológica - como a obsolescência de suportes e meios de difusão -, um arquivo de objetos digitais como o AMOPC enfrenta desafios na definição conceptual e nas estratégias de identificação, recolha e disponibilização dos seus conteúdos. O AMOPC é então um arquivo em formato digital, para recolha, indexação, preservação, disponibilização e aproveitamento de registos de memória sobre as profissões da comunicação, combinando a história oral/memória oral com as potencialidades audiovisuais, ao mesmo tempo que se constitui como instrumento de reflexividade dos que interferem na esfera pública. É essa complexidade que permite conceber um arquivo online, de divulgação, aberto a todos, como o AMOPC se pretende. Mas todo o arquivo guarda de forma não natural, obedece a uma classificação, que tanto regista quanto produz uma ordem necessariamente lacunar. Esta é a questão dos arquivos, e do nosso também. ER -