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Cordeiro, Graça Índias (2018). A cidade e as festas de Santo António: práticas e narrativas do “popular” em Lisboa . As Festas de Santo António em Lisboa.
M. D. Cordeiro, "A cidade e as festas de Santo António: práticas e narrativas do “popular” em Lisboa ", in As Festas de Santo António em Lisboa, Lisboa, 2018
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TY - CPAPER TI - A cidade e as festas de Santo António: práticas e narrativas do “popular” em Lisboa T2 - As Festas de Santo António em Lisboa AU - Cordeiro, Graça Índias PY - 2018 CY - Lisboa UR - http://www.museudelisboa.pt/exposicoes-actividades/detalhe/news/coloquio-as-festas-de-santo-antonio-em-lisboa-3.html?tx_news_pi1%5Bcontroller%5D=Event&tx_news_pi1%5Baction%5D=eventDetail&cHash=2c3ae54701790a8c468dd44c548ff17d AB - Ao longo do século XX, o ‘popular’ impôs-se à cidade de Lisboa como um dos seus traços distintivos, produzindo uma narrativa poderosa sobre a história desta cidade. Esta narrativa organiza-se em torno de um sistema de representações que articula certos territórios, estilos de sociabilidade, formas festivas, performances musicais. O ‘popular’ em Lisboa pode-se, assim, declinar em forma de bairros, ruas, profissões, festas e, ainda, nessa canção emblemática patrimonializada pela UNESCO em 2011, o fado. Santo António tem, nesta narrativa do ‘popular’, um lugar fundamental como elemento polarizador das festas dos ‘santos de junho’ que, anualmente, celebram a identidade lisboeta. A festa anual de Lisboa, que toma conta dos espaços públicos da cidade durante o mês de Junho, continua a ser uma das peças chave na tematização dos territórios de Lisboa, através de uma negociação das ‘boas imagens’ da cidade, usando os recursos da história e da memória como fonte de inovação e criatividade. Hoje, como dantes, esta festa constitui-se como o lugar da mediação, por excelência, não apenas entre o poder local e os seus habitantes, como também entre os ‘locais’ e os ‘visitantes’ que, atualmente, atingem números nunca antes atingidos. Será que as mudanças que Lisboa tem vivido nas últimas décadas – políticas, demográficas, económicas – abalaram a força desta marca ‘popular’ que no passado ajudou a pensar a sua diversidade urbana particular? Até que ponto e de que forma as mudanças que Lisboa tem sofrido, fruto não apenas de fluxos imigratórios internacionais como, mais recentemente, da intensificação do turismo mundial que a fizeram subir ao topo dos rankings das cidades turísticas do globo, tem produzido impactos nas suas festas locais, ‘populares’ e identitárias e, muito em particular, nas festas de Santo António? Como explicar a forma como esta ‘velha categoria’ – ‘o popular’ – parece ressurgir hoje com uma nova vida, repensando a sua história e memória e reforçando a continuidade com o seu passado? As festas de Santo António como elemento central da festa anual da cidade podem, pois, ser uma excelente porta de entrada para a análise de como ‘velhas’ e ‘novas’ categorias se entrelaçam criativamente na produção das atuais representações de Lisboa, assentes em práticas de interação e de sociabilidade, articulando as diferentes escalas dos ‘modos de fazer’ urbano, num renovado diálogo entre passado e presente capaz de projetar as narrativas do futuro. ER -