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Matias, A.R. (2018). Escolhas e ideologias dos falantes perante a sua diversidade linguística: o caso dos descendentes de imigrantes em Portugal num território TEIP. X Congresso Português de Sociologia Na Era da “Pós-verdade”? Esfera Pública, Cidadania e Qualidade da Democracia no Portugal Contemporâneo.
A. R. Matias, "Escolhas e ideologias dos falantes perante a sua diversidade linguística: o caso dos descendentes de imigrantes em Portugal num território TEIP", in X Congr.o Português de Sociologia Na Era da “Pós-verdade”? Esfera Pública, Cidadania e Qualidade da Democracia no Portugal Contemporâneo, Covilhã, 2018
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TY - CPAPER TI - Escolhas e ideologias dos falantes perante a sua diversidade linguística: o caso dos descendentes de imigrantes em Portugal num território TEIP T2 - X Congresso Português de Sociologia Na Era da “Pós-verdade”? Esfera Pública, Cidadania e Qualidade da Democracia no Portugal Contemporâneo AU - Matias, A.R. PY - 2018 CY - Covilhã UR - https://xcongresso-aps.eventqualia.net/pt/2018/inicio/ AB - Em Portugal, estudantes com origem familiares em países africanos de língua oficial portuguesa têm demonstrado, em termos médios, menor sucesso escolar e maior risco de abandono escolar quando comparados com alunos de origem não imigrante ou de outras origens imigrantes. Esta constatação tem sido mais incidente entre alunos cuja(s) língua(s) materna(s) (ou língua(s) na família) dispõem de uma aparente proximidade com o português, como no caso do cabo-verdiano, sobretudo se residentes em territórios urbanos caracterizados por significativas dificuldades socioeconómicas. A combinação destes fatores tem levado ao questionamento de políticas educativas mais adequadas a estes territórios, apesar do número elevado de medidas aplicadas desde os anos 1990 com objetivo de combater as desvantagens sociais, económicas, urbanas e educacionais destas populações. Neste âmbito, os projetos "Turma Bilingue" e "Uma Escola Multilingue" foram implementados em duas escolas públicas de ensino básico num território TEIP, coordenados pela linguista Dulce Pereira (atual CELGA/ILTEC, 2008-2014). Estas foram experiências pioneiras pelo envolvimento de alunos portugueses com ou sem origem imigrante, num programa de educação bilingue em e com cabo-verdiano e português, dando destaque às diferentes línguas em presença no território enquanto línguas de ensino legítimas integradas na educação formal. Passados 5 anos, levamos agora a cabo uma investigação sociológica (financiada pela FCT/MCTES) com o objetivo de aprofundar o conhecimento da realidade sociolinguística dos estudantes envolvidos. Nesta apresentação centrar-nos-emos na escala micro da investigação em curso, analisando as perceções dos estudantes e suas famílias em termos das suas biografias, usos, práticas e atitudes linguísticas. Primeiro, identificando linhas de continuidade e contraste com os anteriores projetos (quando os alunos tinham entre 6 e 11 anos de idade) em relação ao trabalho em curso (15-17 anos); segundo, analisando padrões de auto-percepção das experiências na escola e fora desta, cruzando as relações de poder implicadas nas políticas de língua a três níveis: institucional, de bairro e na família. Partindo de uma abordagem interdisciplinar (sociológica e sociolinguista) centrada nas práticas de cidadania dos indivíduos, a presente investigação pretende contribuir para o conhecimento da diversidade linguística intrínseca nas políticas de língua em Portugal, e das relações de poder que estas refletem ao nível das estratégias familiares. Procura-se, assim, abordar a complexidade das consequências linguísticas dos fenómenos migratórios, enquanto processos de mudança social que são, construindo pontes entre fatores socioculturais e processos de desenvolvimento linguístico, cuja pertinência histórica, pós-colonial e demográfica carece de pesquisa social e linguística aprofundada. ER -