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Almeida, Maria Antónia (2018). Mulheres no trabalho rural: passado e presente. Conferência Internacional Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania. Diferentes Olhares, Outras Perspetivas.
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M. A. Almeida,  "Mulheres no trabalho rural: passado e presente", in Conferência Internacional Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania. Diferentes Olhares, Outras Perspetivas, Lisboa, 2018
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TY  - CPAPER
TI  - Mulheres no trabalho rural: passado e presente
T2  - Conferência Internacional Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania. Diferentes Olhares, Outras Perspetivas
AU  - Almeida, Maria Antónia
PY  - 2018
CY  - Lisboa
UR  - https://www.dinamiacet.iscte-iul.pt/single-post/International-Conference
AB  - Inserido no tema das desigualdades no mercado de trabalho e tendo em conta os contributos da História Oral para uma abordagem da história da mulher em meio rural, apresentam-se alguns exemplos de memórias e histórias de vida recolhidos em entrevistas realizadas no Alentejo no final dos anos noventa do século XX. O objetivo foi entender o contributo das mulheres para o movimento da Reforma Agrária iniciada em 1975 no Alentejo, o que nos permitiu tomar consciência das questões de género e de classe associadas às vivências próprias de meio rural marcado pelo latifúndio e pelo trabalho precário e sazonal. Nesta comunicação apresenta-se a memória oral de uma geração em vias de desaparecimento que viveu o regime do Estado Novo em meio rural e participou ativamente na transição para a democracia. As entrevistas foram realizadas a membros das várias classes sociais e o critério de seleção obedeceu a uma tentativa de amostragem do ecletismo da população local. 
O resultado foi esclarecedor quanto à diversidade de percursos e permite verificar que a vivência feminina das trabalhadoras rurais era marcada por uma adolescência animada pelos trabalhos rurais e pelo convívio que estes proporcionavam, seguida invariavelmente pelo sofrimento, sobretudo após o casamento e a chegada dos filhos. E ainda a subtileza do discurso sobre o aborto e a contraceção, tema importante nesta região do país. Por outro lado, entre as proprietárias e outras mulheres de condição social mais privilegiada o acesso à educação estava limitado pela sociedade patriarcal onde estavam inseridas, numa total dependência de pais e maridos. Na segunda metade do século XX verifica-se alguma evolução no sentido da alfabetização das mulheres e maior autonomia, um fenómeno transversal a todas as classes sociais.
Compara-se a situação passada com o presente do trabalho rural que, para as mulheres, mantém as condições de precariedade e de profunda desigualdade tanto a nível de salários como de condições de trabalho. Apresentam-se exemplos de trabalho de mulheres corticeiras, tanto no campo como nas fábricas de transformação de cortiça.

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