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Almeida, M. (2013). Zé Luís, o General. Retrato de um líder da Reforma Agrária. A arte de governar. Novas perspetivas sobre o poder no Portugal Contemporâneo.
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M. A. Almeida,  "Zé Luís, o General. Retrato de um líder da Reforma Agrária", in A arte de governar. Novas perspetivas sobre o poder no Portugal Contemporâneo, Lisboa, 2013
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TY  - CPAPER
TI  - Zé Luís, o General. Retrato de um líder da Reforma Agrária
T2  - A arte de governar. Novas perspetivas sobre o poder no Portugal Contemporâneo
AU  - Almeida, M.
PY  - 2013
CY  - Lisboa
AB  - Incluído no trabalho de campo para o Doutoramento em História Moderna e Contemporânea (História Política e Institucional no Período Contemporâneo) defendido no ISCTE em 2004, sob o tema A Reforma Agrária em Avis. Elites e mudança num concelho alentejano (1974 – 1977), realizei uma recolha de memória oral aos protagonistas locais do processo. Em 1998 entrevistei José Luís Correia da Silva, o líder carismático das ocupações no concelho de Avis e arredores, cujo percurso de vida e ação local contribuiu para que a percentagem de terras ocupadas no concelho chegasse aos 67% da área total do concelho e a 71% da respetiva área cultivável, enquanto na restante Zona de Intervenção da Reforma Agrária essa percentagem tenha sido mais baixa. A UCP 1º de Maio, formada com terras maioritariamente ocupadas logo na primeira metade de 1975, tornou-se um exemplo de todo o movimento pela precocidade, pela intensidade, pela adesão popular e pelo número de trabalhadores que empregou: chegou a ter na sua lista de trabalhadores fixos 320 pessoas. 
Nesta comunicação analisam-se os fatores que contribuíram para o carisma local desta personagem a partir do seu percurso de vida, com passagem pela tropa na Guerra Colonial, que incluiu prisão por agressão a um oficial; o retorno à terra, onde exerceu a profissão de motorista de táxi e foi construindo uma imagem positiva entre a população local; a liderança do processo de ocupação de terras, a criação de umas das maiores Unidades Coletivas de Produção e a respetiva gestão; a nomeação para a comissão administrativa da Câmara Municipal de Avis em 1974 e a eleição para a presidência da mesma câmara em 1976; e a sua vida posterior a este apogeu político local, como gestor da UCP 1º de Maio até à sua dissolução em 1992. 
O seu testemunho pessoal, em conjugação com a memória oral de quem trabalhou com ele, de quem o admirou e de quem o odiou de morte, permitem a construção de um retrato humano de grande interesse.
Ao fim de seis dias da entrevista, José Luís faleceu no campo, junto do seu rebanho de ovelhas. Tinha 59 anos e as reações foram variadas. Mas o seu nome faz parte do imaginário local e regional. 

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