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Sousa, João Carlos, Lapa, T. & Carvalho, H. (2019). SÓCRATES E OS OUTROS: ENTRE O “POLÍTICO INCOMPETENTE” E O “POLÍTICO CORRUPTO”. 3ª Conferência Televisão e Novos Meios.
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J. C. Sousa et al.,  "SÓCRATES E OS OUTROS: ENTRE O “POLÍTICO INCOMPETENTE” E O “POLÍTICO CORRUPTO”", in 3ª Conferência Televisão e Novos Meios, Covilhã, 2019
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	author = "Sousa, João Carlos and Lapa, T. and Carvalho, H.",
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	year = "2019",
	howpublished = "Ambos (impresso e digital)",
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TY  - CPAPER
TI  - SÓCRATES E OS OUTROS: ENTRE O “POLÍTICO INCOMPETENTE” E O “POLÍTICO CORRUPTO”
T2  - 3ª Conferência Televisão e Novos Meios
AU  - Sousa, João Carlos
AU  - Lapa, T.
AU  - Carvalho, H.
PY  - 2019
CY  - Covilhã
UR  - https://labcom.ubi.pt/televisaoenovosmeios/
AB  - O escândalo político tornou-se um tema apetecível para os meios de comunicação nas últimas décadas (Thompson, 1998). Resultado de múltiplas tendências como a personalização da política ou a concomitante “política de confiança” (Figueiras, 2017), a corrupção tem adquirido atenção e despertado interesse entre os diferentes sectores dos media, resultando numa crescente visibilidade dos diferentes escândalos, em particular aqueles que envolvem atores políticos com notoriedade pública (Thompson, 2001). O objetivo da presente investigação passa por perceber como os diversos media portugueses construíram a cobertura do “caso Sócrates”. Este assume contornos particulares, uma vez que está em foco um ex-Primeiro-Ministro sobre o qual recaem múltiplas suspeitas de corrupção (Operação Marquês), é também o responsável político pelo pedido de ajuda externa – Resgate da Troika. Deste modo, imbricam-se duas potenciais imagens: a do “político corrupto” e a do “político incompetente”. Estamos perante suspeitas de natureza bastante distinta. Se por um lado ao ex-responsável político é endossado um conjunto de más decisões políticas, como por exemplo ter conduzido o país à bancarrota, por outro também lhe são atribuídas práticas danosas para a causa pública. Através deste estudo podemos compreender a metamorfose (Beck, 2017) a que está sujeito o relacionamento entre os media e os atores políticos. Tratado na esfera pública mediática portuguesa por “caso Sócrates” é na verdade uma longa narrativa de acontecimentos e de um diversificado conjunto de suspeitas de atos ilícitos que têm no ex-Primeiro-Ministro o ator central. Ao longo da última década tem sido o epicentro de uma cobertura mediática que se carateriza pela cen-tralidade e notoriedade pública dos atores envolvidos, mas também por uma grande resiliência no seu agendamento mediático. Esta cobertura jornalística normalmente segue de forma paralela aos próprios processos judiciais em que está envolvido o ex-governante. A relação que se estabelece entre sistema judicial e os media não é clara, talvez em muitas ocasiões se paute, inclusive, por uma certa ambiguidade e ambivalência no sentido de ambas exercerem mútua influência. Dada a durabilidade deste escândalo político, optou-se por uma análise de dois anos, contemplando 2016 e 2017 o que nos permite construir uma amostra de 2088 peças jornalísticas distri-buídas da seguinte forma: 2016 n=949, 2017 n=1139. A estratégia metodológica articu- lará a análise qualitativa e (Maroco, 2010) quantitativa (Croucher e Cronn-Mills, 2015) com recurso a análise multivariada (Carvalho, 2017). Esta opção apresenta duas vantagens: o desenvolvimento de uma reflexão longitudinal de forma a apreender o padrão que leva ao seu agendamento, mas também, permite contrastar diferentes períodos de cobertura que apresentam caraterísticas diferenciadoras, quer do “caso Sócrates”, quer dos restantes casos de corrupção com atenção mediática. A construção da amostra parte da base de dados do Barómetro de Notícias do Laboratório de Ciências da Comunicação do ISCTE-IUL. Esta investigação insere-se num projeto mais amplo intitulado “Ecos Digitais de uma velha forma de Opinião: o caso Sócrates no comentário político televisivo” e conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/ BD/136605/2018) sendo desenvolvido no Programa de Doutoramento em Ciências da Comunicação do ISCTE-IUL com o apoio do CIES.
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