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Lima, Aida Valadas & Cabral, Manuel Villaverde (2019). A Ideologia da Terra: a «Campanha do Trigo», a «Colonização Interna», a Hidráulica Agrícola e a Florestação em Portugal no século XX. CER 2019 VIII Congresso de Estudos Rurais VIII Encontro RuralReport.
A. M. Guizo and M. V. Cabral, "A Ideologia da Terra: a «Campanha do Trigo», a «Colonização Interna», a Hidráulica Agrícola e a Florestação em Portugal no século XX", in CER 2019 VIII Congr.o de Estudos Rurais VIII Encontro RuralReport, Ponte de Lima, 2019
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TY - CPAPER TI - A Ideologia da Terra: a «Campanha do Trigo», a «Colonização Interna», a Hidráulica Agrícola e a Florestação em Portugal no século XX T2 - CER 2019 VIII Congresso de Estudos Rurais VIII Encontro RuralReport AU - Lima, Aida Valadas AU - Cabral, Manuel Villaverde PY - 2019 CY - Ponte de Lima AB - Esta comunicação tem por objeto discutir a ideologia nacionalista da terra enquanto retórica do regime autoritário em Portugal (1926-1974) que conjugava os discursos e práticas autárquicas da “Campanha do Trigo” (1928-38) com os da “Junta de Colonização Interna” (1935-1974) na perspetiva histórica de uma pretensa «redistribuição do povoamento». A estas políticas seguiram-se, com a gradual abertura da economia, a da hidráulica agrícola e a da florestação. Por «ideologia da terra» entende-se a noção reativa desenvolvida pelas forças políticas conservadoras perante o capitalismo, o liberalismo e a industrialização, tais como as noções desenvolvidas por autores como Maurice Barrès e Charles Maurras em França acerca do «solo e do sangue», bem como na Alemanha por Martin Heidegger e o seu «heimat». Em Portugal, Oliveira Martins e sobretudo Basílio Teles representaram ideologias associadas a essas conceções do trabalho e da terra, seguidos por António Sérgio em tardia defesa da «política de fixação» contra a tradição nacional do «transporte». Começa-se por analisar as condições históricas e ideológicas subjacentes à “Colonização Interna” no contexto da política agrícola portuguesa. De seguida, passam-se em revista os principais objetivos dos outros três pilares fundamentais daquela política: primeiro a “Campanha do Trigo” e, posteriormente, a hidráulica agrícola e a florestação. No que respeita à “Campanha do Trigo”, esta permitiu à ditadura algum sucesso temporário, o mesmo se passando com a ideia da «colonização interna». Contudo, com o «Recenseamento dos Baldios» (1939) e a debilidade das tentativas de povoamento, os principais resultados da política agrícola do Estado Novo no pós-guerra acabaram por ser a irrigação e, por último, a florestação. O balanço da política de colonização interna mostra, pois, que as ideologias da «terra» e do «povoamento» dizem mais sobre as narrativas ideológicas nacionalistas do que acerca das tentativas práticas para alterar o desequilíbrio da distribuição da população e o carácter das estruturas agrárias, tendo acabado por prevalecer a reorientação mercantil à irrigação e à florestação. ER -