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Brochado, A. & Mendes, V. (2018). O perfil do jogador do mercado de valores mobiliários em jogos de azar e no mercado acionista. Cadernos do Mercado Valores Mobiliários. 61, 77-96
A. M. Brochado and V. Mendes, "O perfil do jogador do mercado de valores mobiliários em jogos de azar e no mercado acionista", in Cadernos do Mercado Valores Mobiliários, no. 61, pp. 77-96, 2018
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TY - GEN TI - O perfil do jogador do mercado de valores mobiliários em jogos de azar e no mercado acionista T2 - Cadernos do Mercado Valores Mobiliários AU - Brochado, A. AU - Mendes, V. PY - 2018 SP - 77-96 UR - https://www.cmvm.pt/pt/EstatisticasEstudosEPublicacoes/CadernosDoMercadoDeValoresMobiliarios/Pages/Cadernos-do-mercado-de-valores-mobiliarios.aspx?pg AB - A atração dos indivíduos pelo jogo não é recente e tem estado associada ao facto de o desejo de jogar estar enraizado na psique humana (Kumar, 2009). O jogo tem como característica distintiva uma baixa probabilidade de ganho. Todavia, quando esse ganho se concretiza, o retorno obtido é muito elevado. Apesar do baixo pay out ratio e da elevada probabilidade de perda do montante gasto, ao longo da história os indivíduos registam um grande envolvimento com o jogo (Miyazaki et al., 2001; Rogers, 1998). A justificação para este tipo de atitudes e comportamentos não se encontra no domínio da racionalidade económica. Com efeito, o jogo pode ser encarado como uma forma de diversão e as apostas podem ser o resultado de atitudes e comportamentos não racionais (Sevigny e Ladoucer, 2003). Também algumas apostas, como a aposta em jogos sociais, não são encaradas por muitos indivíduos como uma forma de jogo (Lange, 2001). A economia comportamental tem avançado algumas explicações para a persistente atração dos indivíduos pelo jogo. A teoria do julgamento com incerteza (theory of judgment under uncertainty - Tversky e Kahneman 1974, 1981) procura dar resposta à seguinte questão: como é que os indivíduos aferem as probabilidades associados a eventos incertos ou valores de quantias incertas? Os autores argumentam que os indivíduos tomam as suas decisões com base num número limitado de heurísticas (respostas intuitivas), nomeadamente i) a heurística da representatividade, ii) a heurística da disponibilidade e iii) a heurística do ajuste e ancoragem. Apesar de permitirem a simplificação do processo de tomada de decisão, as heurísticas são suscetíveis de introduzir erros sistemáticos (os enviesamentos). Estes enviesamentos comportamentais fornecem uma justificação para o afastamento das decisões dos indivíduos dos modelos racionais (McMullan e Miller, 2009). ER -