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Álvares, C. (2019). O “femonacionalismo” enquanto violação de categorias de identidade: a face renovada da extrema-direita Europeia. Revista de Comunicação e Linguagens. 51, 50-60
M. C. Álvares, "O “femonacionalismo” enquanto violação de categorias de identidade: a face renovada da extrema-direita Europeia", in Revista de Comunicação e Linguagens, no. 51, pp. 50-60, 2019
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TY - JOUR TI - O “femonacionalismo” enquanto violação de categorias de identidade: a face renovada da extrema-direita Europeia T2 - Revista de Comunicação e Linguagens IS - 51 AU - Álvares, C. PY - 2019 SP - 50-60 SN - 0870-7081 UR - https://www.fcsh.unl.pt/rcl/index.php/rcl/article/view/236/186 AB - Partindo do pressuposto de que existe uma tendência para tratar as mulheres de direita como anómalas (Downing 2018), este artigo analisa a recente reapropriação do discurso feminista pela extrema-direita na Europa, com a proeminência de altas figuras políticas femininas como Marine Le Pen, líder do partido francês Le Rassemblement National, Anne Marie Waters, líder do partido anti-islâmico britânico For Britain, e Alice Weidel, co- líder do Alternative für Deutschland (AfD). Defende-se que este discurso “femonacionalista” (Farris 2017) desestabiliza a diluição intersecional de fronteiras entre categorias “oprimidas” (Crenshaw 1989), combinando retórica anti-imigrante e antimisógina, tendencialmente enquadrada de acordo com um princípio organizador antimuçulmano. Ao violar as categorias da política de identidade, segundo a qual a identidade de um indivíduo – seja ela de género, sexual, racial ou baseada em classe – determina a sua preferência ideológica (Downing 2018: 369), as mulheres líderes da extrema-direita estão a contribuir estrategicamente para a reinscrição da genealogia da mobilização feminista, tradicionalmente conotada com uma tradição intelectual e ativista de esquerda. Uma seleção de comentários de Facebook publicados por Marine Le Pen, Anne Marie Waters e Alice Weidel sobre os acontecimentos de Colónia constituirá o corpus analítico que nos permite explorar a forma como a misoginia é usada para justificar uma política discriminatória que, mais do que abertamente racista, é, acima de tudo, anti- islâmica. ER -