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Rodrigues, Inês Lima (2015). A Forma da Casa Moderna em 3 cidades lusas: Lisboa, Luanda, Macau. Optimistic Suburbia – Large housing complexes for the middle-class beyond Europe.
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I. L. Rodrigues,  "A Forma da Casa Moderna em 3 cidades lusas: Lisboa, Luanda, Macau", in Optimistic Suburbia – Large housing complexes for the middle-class beyond Europe, 2015
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TY  - CPAPER
TI  - A Forma da Casa Moderna em 3 cidades lusas: Lisboa, Luanda, Macau
T2  - Optimistic Suburbia – Large housing complexes for the middle-class beyond Europe
AU  - Rodrigues, Inês Lima
PY  - 2015
AB  - Esta apresentação explora os fundamentos de projeto que caracterizam a casa moderna lusa, através da análise de casos paradigmáticos em Lisboa, Luanda e Macau. Em Portugal, o moderno apadrinhado pelo Internacional Style arrancou tarde, no final da década de quarenta. Em Lisboa, ganham forma novos bairros residenciais - Alvalade e Olivais - entendidos como zonas de expansão da cidade. Em Luanda, Simões de Carvalho projetou diferentes Unidades de Vizinhança e, a outra escala, Manuel Maneiras realizou o conjunto S. Francisco em Macau. Realçam-se também, as obras residenciais projetadas para os Funcionários do Estado, como o bloco de Vieira da Costa em Luanda ou, a torre Leal Senado de Ramalho e o projeto-tipo Torre de Vicente, cujo objetivo seria a repetição em diversos pontos de Macau e ainda em Luanda.
No entanto, poder-se-á falar de «vitória» dos ideais da geração moderna? Reconhecemos a luta por iniciativas de promoção pública e principalmente duma “habitação para todos”, ainda que muitas das intervenções tenham sido de iniciativa privada, definitivamente mais aberta à modernidade. Alguns exemplos são os blocos na avenida Brasil promovidos pela Montepio ou o bloco Águas Livres patrocinado pela Fidelidade. No caso de Luanda, destacam-se as iniciativas da Precol responsável pela construção dos conjuntos residenciais no bairro Prenda ou da Cirilo&Irmão que construiu a Unité de Pereira da Costa, junto à baia de Luanda. 
Poder-se-ão recuperar estas obras? Falamos de conjuntos urbanos completos quanto às quatro funções: habitar, trabalhar, recrear e circular, com o objetivo de consolidar zonas residenciais centrais ou periféricas da cidade, que tiveram no entanto resultados muito diferentes. Podemos evidenciar o triunfo dos bairros lisboetas em oposição ao fracasso das experiências angolanas, pois não foram concluídas em toda sua dimensão e escala. Casos como o Prenda ou S. Francisco são hoje bairros esquecidos e descaraterizados. 

A comparação de tipologias permite identificar a casa moderna lusa com as bases conceptuais do Movimento Moderno em tudo o que concerne a relação entre objecto e paisagem, entre casa e cidadão. A evolução para a forma linear aparece como um resultado lógico, os acessos em galeria como solução económica e coletiva, as cozinhas funcionais e as salas de estar abertas para espaços exteriores. Procuram-se as condições ótimas de ventilação e luz natural para todas as peças da casa. Projetos que materializaram novos métodos de estandardização e produção em série, que permitiram alcançar rapidez e economia na construção da habitação e, portanto, do seu custo. A diversidade tipológica demostra a vontade de impulsionar novos laços sociais e coletivos entre diversos tipos de famílias e classes sociais. São modelos que foram projetados com princípios de sustentabilidade e de prática de projeto e poderiam, sem modificação alguma, adaptar-se às necessidades atuais.
Ao identificar as qualidades inerentes aos projetos selecionados, pretende-se abrir, o debate sobre a sua recuperação e requalificação. Atualmente, mais de meio século passado, estamos em condições de interpretar os factos ocorridos como um processo normal de evolução e progresso. Aprender da história dos últimos cinquenta anos, ativá-la com as tecnologias de hoje para eventualmente ser aplicada amanhã. 

ER  -