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Tomizaki, K., Silva, M. G. V. & De Carvalho-Silva, H. H. (2016). Socialização política. Educação e Sociedade. 37 (137), 929-934
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K. Tomizaki et al.,  "Socialização política", in Educação e Sociedade, vol. 37, no. 137, pp. 929-934, 2016
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	year = "2016",
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TY  - JOUR
TI  - Socialização política
T2  - Educação e Sociedade
VL  - 37
IS  - 137
AU  - Tomizaki, K.
AU  - Silva, M. G. V.
AU  - De Carvalho-Silva, H. H.
PY  - 2016
SP  - 929-934
SN  - 0101-7330
DO  - 10.1590/es0101-73302016171151
UR  - https://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_0101-7330/lng_pt/nrm_iso
AB  - O ano de 2016 entrará para a história do Brasil sob o signo da mais pro-funda crise política vivenciada no período pós-regime militar: o ano em que nossa recente, embora a mais “longa”, experiência democrática foi abalada por um processo de impedimento da presidenta eleita, Dilma Roussef, pela posse do vice-presidente, Michel Temer, e pelo evidente aprofundamento da política de ajuste fiscal e austeridade no controle dos “gastos” públicos, já iniciada no governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Essa descrição sumária dos episódios e efeitos mais marcantes desse processo, que se desenrolou ao longo de quase dois anos, não chega sequer a constituir uma pálida exposição do cenário político multifacetado e contraditório — que envolveu diretamente diferentes setores, movimentos e organizações políticas —, cuja compreensão exigirá ainda tempo e rigorosos esforços de análise e interpretação. No entanto, é possível identificar, grosso modo, alguns “fenômenos” que se destacaram na cena pública nos últimos dois anos: o surgimento do dito “antipetismo”, nesse momento associado a um suposto combate à corrupção, marcado por manifestações de ódio e intolerância que chegaram a se desdobrar em agressões físicas contra militantes do PT e pedidos de retorno da ditadura civil-militar; a divisão do campo da esquerda em um amplo espectro de posições — dos defensores do governo Dilma à bandeira do “Fora Todos”; o ascenso de um discurso conservador multifacetado, com fortes traços religiosos e meritocráticos, que tende ao ataque às minorias, bem como a determinadas políticas de redistribuição de renda e/ou afirmativas; o desencantamento de  parte significativa da população em relação à política que vem se materializando, nas urnas, em um número crescente de votos brancos, nulos e abstenções.
ER  -