Exportar Publicação

A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.

Exportar Referência (APA)
Santos, S. & Maia, J. (2019). O fim do silêncio: visibilidade mediada de histórias de vida como estratégia no caso da campanha brasileira “Eu Vou Contar”.  II Congresso Internacional do Centro Interdisciplinar de Estudos de Género.
Exportar Referência (IEEE)
S. A. Santos and J. V. Maia,  "O fim do silêncio: visibilidade mediada de histórias de vida como estratégia no caso da campanha brasileira “Eu Vou Contar”", in  II Congr.o Internacional do Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, Lisboa, 2019
Exportar BibTeX
@misc{santos2019_1713615475776,
	author = "Santos, S. and Maia, J.",
	title = "O fim do silêncio: visibilidade mediada de histórias de vida como estratégia no caso da campanha brasileira “Eu Vou Contar”",
	year = "2019",
	howpublished = "Ambos (impresso e digital)"
}
Exportar RIS
TY  - CPAPER
TI  - O fim do silêncio: visibilidade mediada de histórias de vida como estratégia no caso da campanha brasileira “Eu Vou Contar”
T2  -  II Congresso Internacional do Centro Interdisciplinar de Estudos de Género
AU  - Santos, S.
AU  - Maia, J.
PY  - 2019
CY  - Lisboa
AB  - Apesar de ser um evento comum às histórias das vidas reprodutivas das mulheres brasileiras (Diniz, 2017), a ilegalidade jurídica e a condenação moral que circundam a prática do aborto envolveram-na em silêncio e segredo. A campanha “Eu Vou Contar”, organizada pelas ONGs Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Género e Think Olga, propôs uma mudança nesse paradigma: desde 2017, as organizações estão a reunir e publicar nas redes sociais diversas histórias de mulheres que fizeram abortos ilegais no país e sobreviveram para contá-las. “Contar é uma forma política de estar no mundo”, justifica a antropóloga Débora Diniz, a principal organizadora, na peça que apresenta o projeto. Assim, a campanha coloca em prática a ideia de Foucault (1993), de que “o discurso de luta não se opõe ao inconsciente: ele se opõe ao segredo”. As histórias contadas são discursos de luta porque lançam luz sobre algo que por regra é segredo, mas também são discursos de luta porque são contadas para disputar hegemonia (Gramsci, 2017) tomando parte numa luta social organizada coletivamente. De forma a perceber melhor essa opção, este trabalho se propõe a analisar a constituição dessa estratégia de disputa formada a partir de dar-se às histórias de vida um tipo de visibilidade mediada (Thompson, 2008). A partir da análise de discurso de uma das histórias que compõem a campanha “Eu Vou Contar” pretende-se identificar os vários elementos que constituem a história de vida e sua transformação em narrativa, tais como o contexto e as condições de produção, o diálogo com outros discursos, e o emissor enquanto sujeito histórico. Finalmente, vai analisar como essa história toma lugar numa estratégia discursiva mais ampla, que a relaciona com outras histórias.
ER  -