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Mouro, C., Duarte, A.P., Moura, R., Luís, S., Rato, V., Resende, R....Ferreira, J. (2020). Percepção da Comunidade ISCTE sobre a sustentabilidade ambiental e comportamentos pró-ambientais no campus. CCS2020 2ª Conferência Campus Sustentável.
C. S. Mouro et al., "Percepção da Comunidade ISCTE sobre a sustentabilidade ambiental e comportamentos pró-ambientais no campus", in CCS2020 2ª Conferência Campus Sustentável, 2020
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TY - CPAPER TI - Percepção da Comunidade ISCTE sobre a sustentabilidade ambiental e comportamentos pró-ambientais no campus T2 - CCS2020 2ª Conferência Campus Sustentável AU - Mouro, C. AU - Duarte, A.P. AU - Moura, R. AU - Luís, S. AU - Rato, V. AU - Resende, R. AU - Ferreira, J. PY - 2020 UR - http://www.ccs2020.ipt.pt/ AB - Nesta comunicação apresentam-se parte dos resultados de um estudo sobre a sustentabilidade ambiental do campus do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa. O estudo integra um projeto que visa reduzir o consumo de energia e melhorar a sustentabilidade ambiental do campus designado SOCIAL_IOT. Como ponto de partida, foi considerado relevante efetuar o levantamento das percepções dos membros da comunidade Iscte sobre sustentabilidade ambiental do campus, e de como estas se associam aos seus comportamentos pró-ambientais (de poupança de energia e separação de resíduos) no campus. Recentemente, o Iscte tem vindo a investir em políticas de sustentabilidade, tendo sido a primeira universidade portuguesa a obter a certificação ambiental pela NP ISO14001:2015, em 2018. Para além de intervenções a nível de estrutura (e.g., disponibilização de ecopontos), tem havido também um maior investimento na comunicação sobre iniciativas de sustentabilidade, quer da organização, quer dos seus membros. O presente estudo procurou aferir se as percepções dos membros da comunidade Iscte em termos do clima organizacional verde (práticas sustentáveis da organização e dos seus membros) têm um papel significativo na sua adesão a comportamentos sustentáveis no campus (Duarte, 2011; Norton et al., 2014). Para além disso, esta pesquisa procurou integrar contributos das áreas da psicologia organizacional e da psicologia ambiental. Para tal, foi também avaliada a identidade ambiental, i.e., a valorização pessoal em adoptar práticas pró-ambientais, um factor psicossocial habitualmente muito associado à adopção de comportamentos sustentáveis (Castro et al., 2009). Controlou-se também o efeito do mesmo tipo de comportamento (de poupança de energia ou separação de resíduos) no contexto doméstico, dado a relevância da transferência entre contextos (spillover) como uma das formas de fomentar práticas sustentáveis (Whitmarsh, Haggar, & Thomas, 2018). O estudo realizou-se por meio de um inquérito online divulgado a todos os membros da comunidade Iscte, incluindo alunos, funcionários, docentes e investigadores. A recolha de dados resultou em 630 respostas válidas, sendo 66,7% dos participantes do género feminino. Relativamente ao seu vínculo com o Iscte, 74% dos respondentes fizeram-no na qualidade de alunos, 9,4% como funcionários da universidade e 16,7% como docentes ou investigadores. Do total, 75.6% estudam ou trabalham há pelo menos 1 ano no Iscte, e 36,3% dos participantes concluíram o 12º ano de escolaridade e 25,7% eram licenciados. Foram efectuadas análises através de regressões múltiplas, com vista a predizer os comportamentos de poupança de energia ou de separação de resíduos no Iscte. Os resultados mostram que as variáveis socio-profissionais idade, género, escolaridade e antiguidade não têm um papel determinante na predição destes comportamentos quando se consideram as variáveis organizacionais e psicossociais. Destas, a identidade ambiental e o comportamento em casa ajudam a prever os dois tipos de comportamento pró-ambiental no Iscte. A principal distinção resulta de, no caso da poupança de energia, haver um papel significativo do tipo de vínculo ao Iscte, sendo os funcionários/docentes/investigadores aqueles que mais reportam adoptar comportamentos de desligar luzes e equipamentos no local de trabalho; a separação de resíduos, por sua vez, está mais associada ao clima verde da organização, indicando que o investimento ao nível estrutural e a visibilidade dos comportamentos de separação de plásticos, papel e vidro por outros membros da comunidade são dois elementos importantes na decisão de adoptar estes comportamentos. Serão discutidos os contributos deste estudo para a definição de formas de intervenção junto da comunidade que tenham em consideração as especificidades de cada tipo de comportamento no campus. ER -