Exportar Publicação
A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.
Pinto, Paulo Tormenta (2020). Cassiano Branco - Arquitetura e Artifício. Colóquio Nacional Cassiano Branco, 50 Anos Depois.
P. A. Pinto, "Cassiano Branco - Arquitetura e Artifício", in Colóquio Nacional Cassiano Branco, 50 Anos Depois, Lisboa, 2020
@misc{pinto2020_1766298318007,
author = "Pinto, Paulo Tormenta",
title = "Cassiano Branco - Arquitetura e Artifício",
year = "2020",
howpublished = "Ambos (impresso e digital)",
url = "http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/eventos/olhar-cassiano/coloquio-nacional/"
}
TY - CPAPER TI - Cassiano Branco - Arquitetura e Artifício T2 - Colóquio Nacional Cassiano Branco, 50 Anos Depois AU - Pinto, Paulo Tormenta PY - 2020 CY - Lisboa UR - http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/eventos/olhar-cassiano/coloquio-nacional/ AB - Na década de 1930, os edifícios da Cassiano Branco são acontecimentos enquadrados no sistema urbano da cidade comum, um modelo de expressão art-déco amplamente reproduzido por engenheiros e desenhadores. Uma arquitetura anónima, que encontra no processo de repetição, lugar para a diferença. Nesta época, os edifícios de Cassiano são como Dioniso, escondido por detrás de uma máscara ocupando papeis de herói trágico, tal como descreve Friedrich Nietzsche em O Nascimento da Tragédia. Cassiano Branco começou pela construção de uma espécie de “coro de sátiros” constituído pelos múltiplos edifícios que projetou na década da ascensão do regime estadonovista, os quais construíram um cenário inteligível e vibrante para as massas de pessoas que iam ocupando a cidade, quais espectadores do surgimento da modernidade. A partir dos anos de 1940 a arquitetura de Cassiano adquire outros contornos, os edifícios assumem-se eles próprios como protagonistas, ostentando a procura de uma essência, que aparece representada pelo excesso, ou pela miniatura. Cassiano propõe a evocação da história da arquitetura através de fragmentos, que no seu todo reproduzem um guião em que ele próprio não é mais que o dramaturgo que, ao sentir o impulso do tempo, se transfigura para falar por meio de outros corpos. Como postulava o próprio Nietzsche no Crepúsculo dos Ídolos, o mundo verdadeiro convertia-se em fábula e uma vez reconhecido o seu enredo, a fábula adquiria a antiga dignidade metafísica (a glória) do mundo verdadeiro. ER -
English