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Alves, P. M. & Areosa, J. (2020). Sindicalismo: um passado portador de futuro. In Fátima Lobo, Eduardo Tavares (Ed.), Ser médico veterinário: riscos e desafios. Lisboa: Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários.
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P. J. Alves and J. Areosa,  "Sindicalismo: um passado portador de futuro", in Ser médico veterinário: riscos e desafios, Fátima Lobo, Eduardo Tavares, Ed., Lisboa, Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, 2020
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TY  - CHAP
TI  - Sindicalismo: um passado portador de futuro
T2  - Ser médico veterinário: riscos e desafios
AU  - Alves, P. M.
AU  - Areosa, J.
PY  - 2020
CY  - Lisboa
UR  - https://www.snmv.pt/lancamento-do-livro-ser-medico-veterinario-riscos-e-desafios/
AB  - Nascidos na sequência da emergência da sociedade capitalista, os sindicatos são organizações duplamente centenárias que constituem uma das mais relevantes instituições do mercado de trabalho. A partir da década de 70, os seus principais recursos de poder começaram a ser erodidos e o movimento sindical passou a estar confrontado com uma crise profunda que não pode ser negada, a qual constitui atualmente a sua característica dominante à escala internacional, mas cujos contornos convém delimitar com precisão. As suas causas são múltiplas, nelas se mesclando fatores exógenos ao movimento (ciclos económicos, mudanças estruturais na economia, no social, no domínio político e no campo cultural), com outros endógenos, remetendo para a sua burocratização, oligarquização e deficiente capacidade de adaptação à mudança. O movimento sindical só muito tardiamente enfrentou esta situação, implementando desde então um conjunto de ações diversificadas, onde se contam fundamentalmente a realização de campanhas de recrutamento que não têm como objetivo central o reforço da organização sindical e dos laços dos trabalhadores com as suas estruturas, mas apenas o aumentar o número de efetivos sindicais, e os processos de reestruturação organizacional, numa perspetiva defensiva e não transformadora. Portugal segue o padrão internacional, quer no que respeita ao decréscimo da sindicalização quer no que se refere às respostas que tem dado ao refluxo na sindicalização, daí o amplo processo de reestruturação organizativa, no quadro de um movimento sindical extremamente fragmentado. No entanto, esta crise não representa uma decadência inexorável do sindicalismo que conduzirá ao seu desmoronamento definitivo. Estamos antes perante uma mudança qualitativa, em que à medida que declina o sindicalismo operário se consolida um sindicalismo ancorado no sector público, em torno de grupos socioprofissionais técnicos dotados de um elevado capital escolar. Neste sentido, e adotando uma perspetiva transformadora, o sindicalismo tem futuro.
ER  -