Exportar Publicação
A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.
Mauritti, R, Botelho, M.C., Nunes, N., Craveiro, D., Silva, S. F. , Cabrita, L....Neto, P. (2021). Territórios de Desigualdade e de Bem-estar: Portugal e a Europa (TIWELL).
M. D. Mauritti et al., "Territórios de Desigualdade e de Bem-estar: Portugal e a Europa (TIWELL)",, 2021
@techreport{mauritti2021_1732365074251, author = "Mauritti, R and Botelho, M.C. and Nunes, N. and Craveiro, D. and Silva, S. F. and Cabrita, L. and Neto, P.", title = "Territórios de Desigualdade e de Bem-estar: Portugal e a Europa (TIWELL)", year = "2021", number = "", institution = "ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa", address = "" }
TY - RPRT TI - Territórios de Desigualdade e de Bem-estar: Portugal e a Europa (TIWELL) AU - Mauritti, R AU - Botelho, M.C. AU - Nunes, N. AU - Craveiro, D. AU - Silva, S. F. AU - Cabrita, L. AU - Neto, P. PY - 2021 AB - No plano analítico-substantivo o Projeto “TIWELL” (sigla em inglês que significa “Territories of Inequalities and Well-being”), procurou compreender até que ponto as desigualdades sociais, muito marcantes na sociedade portuguesa, se associam aos níveis de bem-estar e de qualidade de vida das populações nos territórios. Aprofundar a análise sobre o bem-estar, tomando em consideração os constrangimentos advindos das desigualdades sociais, através de uma perspetiva que incorpora a visão das populações nos territórios onde vivem, constitui um desafio determinante. O estudo produz contributos significativos, desde logo, no plano teórico-concetual, permitindo conferir uma maior consistência ao conceito de bem-estar, ancorando-o nas condições de vida, de participação e reconhecimento social das populações. A problemática do bem-estar é consolidada nas perspetivas que conferem «voz» às perceções, aos significados e aos contextos localizados de ação dos indivíduos, atravessados por assimetrias e desigualdades que condicionam os seus percursos de vida. Ainda no plano teórico-concetual, foi também possível avançar na problematização das relações entre bem-estar e desigualdades sociais. As análises desenvolvidas permitem reforçar a compreensão da multidimensionalidade, interseções, integração sistémica e cumulação existentes nas relações entre as desigualdades sociais e o bem-estar. Na pesquisa desenvolvida, exploraram-se, igualmente, novas estratégias analítico-metodológicas que permitiram a obtenção de resultados muito interessantes, fruto das virtualidades da triangulação metodológica e mobilização articulada de múltiplos métodos, de natureza quantitativa e qualitativa. As inovações metodológicas obtidas corporizam-se no sistema de indicadores que apresentamos e aplicamos nos territórios e no modo como foram operacionalizados em múltiplas escalas de análise (municipal, regional, nacional e transnacional). Parte desta investigação realizou-se durante a pandemia provocada pela covid-19, afetando principalmente a realização dos estudos de caso. A observação sistemática que desenvolvemos, através do Google Street View, numa orientação de acomodação a um contexto de forte constrangimento á mobilidade entre concelhos e a contactos em copresença. O uso desta ferramenta, com forte potencial de replicação em outras pesquisas, foi uma inovação metodológica com profunda relevância para a investigação. Baseada exclusivamente em suportes digitais, ela acabou por potenciar um conhecimento acrescido das realidades locais dos estudos de caso, bem como uma sólida alternativa à impossibilidade de desenvolvermos uma pesquisa de terreno fisicamente interativa e mais prolongada no tempo. A pandemia afetou o processo de investigação e as suas condições objetivas e subjetivas, criando dificuldades bem como potencialidades que poderão afirmar-se num futuro próximo, suscitando novos questionamentos de natureza epistemológica e metodológica. Não será uma boa opção científica desperdiçar as oportunidades de aprender com os desafios que a pandemia nos está a proporcionar, em termos de experiências concretas de investigação, mas também de inovações metodológicas que as ciências sociais poderão prosseguir. ER -