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Apolinário, S. & Santos, J. (2021). Os públicos e os recursos expositivos interativos na Exposição Loulé: Territórios, Memórias, Identidades . XI Congresso Português de Sociologia.
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S. P. Gomes and J. A. Santos,  "Os públicos e os recursos expositivos interativos na Exposição Loulé: Territórios, Memórias, Identidades ", in XI Congr.o Português de Sociologia, Lisboa, 2021
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TY  - CPAPER
TI  - Os públicos e os recursos expositivos interativos na Exposição Loulé: Territórios, Memórias, Identidades 
T2  - XI Congresso Português de Sociologia
AU  - Apolinário, S.
AU  - Santos, J.
PY  - 2021
CY  - Lisboa
AB  - O Estudo de Públicos da Exposição Loulé: Territórios, Memórias, Identidades (LTMI) foi promovido pela Direção-Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e pela Câmara Municipal de Loulé/Museu Municipal de Loulé. Enquadra-se nos estudos de públicos de museus e de exposições e na resposta a alguns desafios colocados às instituições museais pelos públicos, pelo que se pretende o conhecimento das suas características sociodemográficas, motivacionais e de práticas culturais, bem como das avaliações que fazem da experiência de visita.
A LTMI esteve patente no MNA entre junho de 2017 a junho de 2019, mostrando 7 mil anos de história do concelho de Loulé através de meio milhar de objetos expostos, e a par de uma forte presença de recursos interativos, quer na componente tátil (ou háptica) dos objetos, quer na oferta multimédia através de écrans interativos, de QR Codes (em 15 localizações) e de um painel interativo para que os visitantes juntassem a sua fotografia e um testemunho.
A metodologia utilizada é mista sequencial, quantitativa e qualitativa. A vertente quantitativa seguiu a
abordagem dos Estudos de Públicos de Museus Nacionais (EPMN) realizados em 2015 através da aplicação de um inquérito autoadministrado em 4 idiomas, no termo da visita, em computador numa plataforma online.Esta recolha decorreu na fase final da Exposição, entre abril e junho de 2019, para uma amostra de 954 questionários válidos, dos quais 82% de estrangeiros.
A vertente qualitativa consistiu em 2 momentos. A resposta aberta a sugestões e comentários no final do questionário e 5 entrevistas pós-visita realizadas entre setembro e novembro de 2019. A análise discursiva constitui uma fonte privilegiada dos processos cognitivos e emocionais, que complementam a informação quantitativa, apreendendo-se construções individuais de significados e aferindo-se o impacto duradouro da visita. Especificamente para aferir a interação com os objetos táteis, os entrevistados realizaram também um exercício de associação de palavras inspirado na proposta de John Falk (Contextual Model of Learning).
Este autor recorre também a entrevistas pós-visita através do modelo Identity-Related Visitor Motivation, analisando as motivações e a construção de sentido por relação a aspetos identitários. As críticas a este modelo apontam a negligência de variáveis sociográficas na contextualização identitária, pelo que o recurso a uma metodologia mista constitui uma proposta para responder a essa dificuldade.
Nesta comunicação aborda-se a dimensão interativa, quer háptica, quer tecnológica, em articulação com os perfis sociais dos públicos, enquanto recurso de interpretação dos bens museológicos, mediante a operacionalização de uma metodologia mista de estudos de públicos.
ER  -