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Nunes, F. O. (2019). Da indeterminação do mundo: Os santos, o mar, a luz. Um ensaio de antropologia marítima. Lusitania Sacra. 40, 169-187
F. M. Nunes, "Da indeterminação do mundo: Os santos, o mar, a luz. Um ensaio de antropologia marítima", in Lusitania Sacra, no. 40, pp. 169-187, 2019
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TY - JOUR TI - Da indeterminação do mundo: Os santos, o mar, a luz. Um ensaio de antropologia marítima T2 - Lusitania Sacra IS - 40 AU - Nunes, F. O. PY - 2019 SP - 169-187 SN - 0076-1508 DO - 10.34632/lusitaniasacra.2019.9758 UR - https://revistas.ucp.pt/index.php/lusitaniasacra AB - Nesta comunicação, sugiro que confrontemos os argumentários da precedência simbólica com os da precedência da razão utilitária nas relações das sociedades com o mar. Para tanto, o texto explora múltiplas camadas cronológicas e núcleos temáticos de diversos sectores disciplinares, tomando como ponto de partida o domínio da navegação fúnebre nos relatos da chegada, por via marítima, das relíquias dos santos fundadores (como S. Tiago e S. Vicente). Estes eventos multiplicaram-se em réplicas e variantes que se sucedem ao longo de séculos e com ressonância na religiosidade popular dos dias de hoje, frequentemente acompanhados por interesses políticos associados à sacralização do oceano, com os seus recursos, ‘bons para comer, bons para pensar’. Tomando a indeterminação, o aleatório, como dado epistemológico fundamental – não só dos modos de vida e das crenças associadas às interfaces ribeirinhas e oceânicas, como da própria condição humana – enfatizar-se-ão aspetos escópicos e processos cognitivos, identificando-se alguns elementos centrais que se reportam à experiência vivida da luz e da atmosfera, das continuidades entre os elementos aquático e celeste. Esta proposta explora perspetivas teóricas recentes e inovadoras, na Antropologia e para além dela, procurando, segundo os princípios da teoria autopoiética, uma equação alternativa aos determinismos dos argumentários apresentados. ER -