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Henriques, J. (2021). A fronteira da intimidade: conjugalidade, família e identidade europeia. XI Congresso Português de Sociologia.
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J. P. Henriques,  "A fronteira da intimidade: conjugalidade, família e identidade europeia", in XI Congr.o Português de Sociologia, Lisboa, 2021
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TY  - CPAPER
TI  - A fronteira da intimidade: conjugalidade, família e identidade europeia
T2  - XI Congresso Português de Sociologia
AU  - Henriques, J.
PY  - 2021
CY  - Lisboa
AB  - No contexto do espaço de livre circulação europeu, poder‑se‑á sustentar que as relações íntimas intraeuropeias são um indicador de integração e coesão europeia. De facto, indivíduos envolvidos numa relação íntima intraeuropeia, casais binacionais, revelam maiores níveis de sentimento de pertença europeu, constatando-se, pelo menos, uma relação entre o envolvimento na intimidade e a autoidentificação como europeu. Contudo, se por um lado esta associação está determinada do ponto de vista estatístico‑quantitativo, por outro lado são desconhecidos os factores intrínsecos à relação íntima intraeuropeia que podem contribuir para diferenciar o sentimento de pertença europeu destes indivíduos. Pretende‑se, portanto, encontrar pistas para responder à seguinte questão: quais as dimensões na conjugalidade, e nas relações familiares, que se relacionam com um sentimento de pertença europeu?
Neste estudo são avaliadas as dimensões da vida a dois, desde a entrada na conjugalidade, tal como a escolha do país de residência, as dinâmicas internas (a divisão de tarefas domésticas) e externas (a evolução das redes de sociabilidade) dos casais, e as opções na constituição de família. São também explorados factores referentes às dimensões das relações intergeracionais, como a ligação e a relação com a família de origem (cuidar e apoiar os progenitores na velhice), a educação dos filhos, sem excluir a relação com o estado e com a vida profissional.
O estudo apresenta uma metodologia qualitativa, valendo-se da aplicação de entrevistas semi‑diretivas a 36 indivíduos, de primeira nacionalidade de países, e a residirem, no espaço Schengen ou na União Europeia (UE), envolvidos numa relação íntima intraeuropeia, e heterossexual, entre os 25 e os 45 anos, e com educação terciária.
Os resultados indicam que tanto as dimensões de dinâmica interna como externa da conjugalidade estabelecem pontes de transmissão de capital cultural e capital social, associados à aquisição de recursos e representações favoráveis a um sentimento de pertença europeu. Por outro lado, as relações intergeracionais, de ligação com os progenitores e com os descendentes, privilegiam o espaço europeu como espaço preferencial de residência, ou seja, como espaço de proximidade. Outros factores, como o modo de vida e os valores associadas ao modelo social europeu, potenciam, mesmo que indiretamente, a emergência de um sentimento de pertença europeu.
ER  -