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Raposo, P. (2021). Performance Política e Artivismo. Arquivo, repertório e reperformance nos novíssimos movimentos sociais. Aula Aberta PPGAS - UFF.
P. J. Raposo, "Performance Política e Artivismo. Arquivo, repertório e reperformance nos novíssimos movimentos sociais", in Aula Aberta PPGAS - UFF, Niterói, 2021
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TY - CPAPER TI - Performance Política e Artivismo. Arquivo, repertório e reperformance nos novíssimos movimentos sociais T2 - Aula Aberta PPGAS - UFF AU - Raposo, P. PY - 2021 CY - Niterói AB - Contemporaneamente, o protagonismo mediático do manifestante, ainda que higienizado, estilizado e absorvido pela lógica da procura de protagonistas ou heróis românticos dos média mainstream, não eliminou a dinâmica de multiplicação de "novos espaços" de democratização e de indignação que se espalharam pelo mundo a partir de 2009, acompanhando o ciclo de terramotos financeiros do capitalismo e acentuando a chamada crise da democracia. Tomar a rua tornou-se um movimento performativo de intensidade nova num plano que se refina e se interseta em escalas globais, nacionais e locais, usando meios de comunicação e tecnologias de agit-prop da era digital. Consequentemente, como pensar a dimensão documental inscrita e incorporada nestas modalidades de ação política? Que papel se constitui e que dimensões se explicitam com e nas performances políticas em espaço público? De que modo é que elas apelam, hoje, a cruzamentos sensíveis e porosos entre a arte e política? Em que medida elas se tornam campos simbólicos, mas sobretudo performativos para potenciar re-performances políticas noutros lugares? Como é que o efeito hashtag (#), importado da rede de comunicação digital Twitter, incorpora esta dimensão re-performativa? - na verdade, entenda-se aqui hashtag político, não apenas pelo seu uso na rede, mas também pela sua re-performatividade na rua. A rua adquire, assim, novos significados, a sua paisagem e o seu território assumem outros sentidos, sendo agora habitada por aqueles que, aparentemente, se querem tornar espectadores emancipados – para usar a metáfora de Jacques Rancière (2010) – do teatro político. Pretendo deste modo questionar as dimensões que articulam as formas de ativismo político destes movimentos sociais contemporâneos com os seus usos performativos no espaço público e com a sua mediatização (de repertórios a arquivos, para usar os conceitos de Diana Taylor, 2003). De algum modo, isso tem-me levado a explorar uma categoria conceptual complexa e bastante problemática: o neologismo híbrido artivismo. Nesta fala, alguns exemplos portugueses e estrangeiros serão documentados dando conta de um ativismo político e de uma prática artística politizada que se nutre essencialmente da dimensão relacional de que falava Richard Schechner (2012) quando se referia ao contemporâneo ativismo como performance activism. ER -
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