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Carvalho da Silva, V. (2021). Das redes de socialibilidade às trajetórias: representações sobre a escola dos indivíduos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal. Investigar em Educação. 13, 125-140
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V. P. Silva,  "Das redes de socialibilidade às trajetórias: representações sobre a escola dos indivíduos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal", in Investigar em Educação, no. 13, pp. 125-140, 2021
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TY  - JOUR
TI  - Das redes de socialibilidade às trajetórias: representações sobre a escola dos indivíduos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal
T2  - Investigar em Educação
IS  - 13
AU  - Carvalho da Silva, V.
PY  - 2021
SP  - 125-140
SN  - 2183-1793
UR  - http://pages.ie.uminho.pt/inved/index.php/ie/issue/view/13/showToc
AB  - A celeridade dos ritmos das transformações são marcos das sociedades contemporâneas. As sucessivas análises sobre a mudança/ metamorfose social anuíram no reconhecimento do papel do conhecimento, das qualificações e das competências enquanto recursos relevantes para a ação (Bell, 1999; Beck, 2016). Analisando a sua distribuição concluiu-se que se trata de recursos com impactos significativos na estrutura das sociedades atuais, cujos efeitos se repercutem na multiplicidade das suas dimensões: da vida social e política, às estruturas económicas (Ávila, 2008). Esta centralidade do conhecimento e da escolaridade nas sociedades atuais tem contribuído para a emergência de uma sociedade aprendente (Jarvis, 2004), na qual os sujeitos têm sido chamados a adaptarem-se permanentemente (Enguita, 2007). A investigação neste domínio tem permitido conhecer a(s) nova(s) relação(s) que estas sociedades, e os indivíduos, têm estabelecido com o conhecimento e com a aprendizagem ao longo da vida (ALV), chamando a atenção para as desigualdades sociais que nela emergem (Ávila, 2008; Costa, 2012). Os efeitos para os segmentos da população que ficam de fora das dinâmicas da ALV, em múltiplas vertentes, têm sido amplamente reportados em estudos nacionais e internacionais, sublinhando-se os riscos de exclusão social, desemprego, pobreza, vulnerabilidade na saúde, menor participação cívica, etc. Mas, como alerta Field (2006), pouco se sabe, do ponto de vista sociológico, sobre a população que tem sido deixada para trás, num quadro de generalização da ALV.
Este artigo tem como objetivo apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa de terreno, em que já se recolheram cerca de duas dezenas de relatos de vida. Incidindo sobre as trajetórias, as redes de sociabilidade e as representações sobre a escola, dos adultos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal, espera-se conseguir avançar na identificação do(s) património(s) disposicional(s) destes adultos que têm ficado à margem da sociedade educativa em Portugal.

ER  -