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Borges, V. (2022). Ecletismo ou distinção? Cinema, espetáculos ao vivo, festivais e festas locais . In ICS e FCG (Ed.), Práticas Culturais dos Portugueses: Inquérito 2020. (pp. 235-284). Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.
V. S. Borges, "Ecletismo ou distinção? Cinema, espetáculos ao vivo, festivais e festas locais ", in Práticas Culturais dos Portugueses: Inquérito 2020, ICS e FCG, Ed., Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2022, pp. 235-284
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TY - CHAP TI - Ecletismo ou distinção? Cinema, espetáculos ao vivo, festivais e festas locais T2 - Práticas Culturais dos Portugueses: Inquérito 2020 AU - Borges, V. PY - 2022 SP - 235-284 CY - Lisboa AB - Este capítulo reúne e analisa um conjunto de indicadores relativos ao acesso à cultura, sinalizado, no Inquérito às práticas culturais dos pela frequência das salas de cinema, espetáculos ao vivo, festivais e festas locais. Descrevemos cenários possíveis de estruturação das práticas culturais dos portugueses e estamos interessados em identificar valores partilhados com outros países, paradigmas, modelos comuns ou diferenciados do consumo cultural. Vamos dialogando com as tendências de evolução das políticas públicas para a cultura (Bonet & Négrier, 2018). Damos a conhecer as motivações dos indivíduos e as razões pelas quais não vão mais vezes aos espetáculos, o que nos dará informação sobre as condições de oferta e procura cultural no país. Não rejeitamos que as análises quantitativas têm riscos e as comparações com países com décadas de trabalho de perspetiva longitudinal têm alguns limites (Costa 2004; Katz-Gerro 2011). Todavia, este Inquérito nacional mede um escopo alargado de consumos culturais e a sua análise incide sobre variáveis estruturais. Vai permitir-nos discutir o que as políticas públicas têm vindo a fazer, o que ainda podem desenvolver, e aferir sobre os circuitos de criação e difusão que as sustentam. A superação do grau zero do consumo cultural está conseguida, o que fica a dever-se à ida às salas de cinema, aos concertos, festivais e festas locais. Mas, que tendências de consumo estão reservadas à ópera, ao ballet ou à música clássica? Quais os perfis dos públicos de teatro, circo e outras danças? A qualidade da análise dos dados ganhará se tivermos em conta o conjunto das práticas e o ecletismo cultural contemporâneo. Estudos pioneiros de J. M. Pais (1994), C. Fortuna e A. S. Silva (2002), e J. T. Lopes (2008) inscrevem-se nessa perspetiva, que seguiremos. Descrevemos o sentido do ecletismo e as combinatórias do consumo cultural in situ. Revisitamos o argumento da distinção cultural e procuramos testar a “orientação omnívora” dos inquiridos. Veremos que é o ecletismo dos mais jovens e mais instruídos que faz eco do “omnivorismo cultural”. Por fim, discutimos até que ponto se atenuam ou reforçam as clivagens sociais pela intensificação do consumo cultural on-line, durante a crise pandémica. Os resultados refletem o longo caminho que a democratização cultural tem pela frente e permitem-nos concluir que, apesar dos efeitos da massificação do ensino, estes dados são perturbados pela origem e posição social dos indivíduos na estrutura profissional. Feita a apresentação dos objetivos, a ressalva quanto aos limites da investigação, observemos as regularidades do consumo cultural destas práticas. Começamos com uma breve revisão da literatura, segue-se a metodologia, os resultados e a síntese conclusiva. ER -