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Roque, I., Assis, R. V. de,, Carmo, R. M. do. & Caleiras, J. (2022). O trabalho aqui e agora: Crises, percursos e vulnerabilidades no mercado de trabalho em Portugal. In 5º Encontro Anual de Economia Política - Vulnerabilidades e Transformações Sociais e Económicas. Book of abstracts. (pp. 46-47). Faro: Universidade do Algarve / CinTurs – Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar da Universidade do Algarve.
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I. M. Roque et al.,  "O trabalho aqui e agora: Crises, percursos e vulnerabilidades no mercado de trabalho em Portugal", in 5º Encontro Anual de Economia Política - Vulnerabilidades e Transformações Sociais e Económicas. Book of abstracts, Faro, Universidade do Algarve / CinTurs – Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar da Universidade do Algarve, 2022, pp. 46-47
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	organization = "EcPol - Associação Portuguesa de Economia Política",
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TY  - CPAPER
TI  - O trabalho aqui e agora: Crises, percursos e vulnerabilidades no mercado de trabalho em Portugal
T2  - 5º Encontro Anual de Economia Política - Vulnerabilidades e Transformações Sociais e Económicas. Book of abstracts
AU  - Roque, I.
AU  - Assis, R. V. de,
AU  - Carmo, R. M. do.
AU  - Caleiras, J.
PY  - 2022
SP  - 46-47
CY  - Faro
UR  - http://hdl.handle.net/10400.1/17684
AB  - Após a crise financeira de 2008 foram adotadas medidas de estímulo ao emprego em Portugal que
contribuíram para a normalização do estado de exceção financeira no país, sobretudo através do aumento
dos contratos temporários, do “falso” trabalho independente e da informalidade. A difusão do padrão
flexível de uso do trabalho produziu, além do aumento do desemprego, mau emprego, ou seja, formas
precárias de emprego pautadas por incertezas e inseguranças, muitas vezes definidas pela ausência de
contrato de trabalho e sem proteção social. A pandemia acentuou estas situações. Apesar da recuperação
parcelar posterior, ocorrida até 2019, o impacto da crise pandémica expôs um conjunto de vulnerabilidades
não resolvidas no período anterior. Trabalhadores de diferentes setores, (“turismo”, restauração,
alojamento, artes e espetáculos, plataformas digitais) viram-se confrontados com um cenário de exclusão
do mercado de trabalho, e em risco de cair em situações de pobreza, devido à perda de rendimento
(desemprego, agravamento da precariedade, inacessibilidade a apoios estatais). Nesta comunicação,
baseada num estudo qualitativo recentemente concluído, analisa-se a condição social, económica e
existencial de uma amostra de indivíduos em situação laboral marcada pela instabilidade contratual, por
formas recorrentes de desproteção social e pela incerteza na vivência do quotidiano. Entre 2019 e 2020, foram realizadas 53 entrevistas aprofundadas a trabalhadores nacionais e imigrantes de diferentes setores
de atividade. O objetivo foi o de compreender os seus percursos de participação no mercado de trabalho,
na relação com a Segurança Social, distinguindo-os a partir dos níveis de proteção e da forma como
procuram lidar com as fragilidades da sua condição. O resultado indica que o “agora” é vivido a partir de
percursos cumulativos de vulnerabilidade social e de precariedade laboral, e que o “aqui” é constituído por
dinâmicas contraditórias do mercado de trabalho.
ER  -