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Olivié, I., Gracia, M. & Ribeiro, I. M. (2022). Espanha e Portugal no mundo: análise com base no Índice Elcano de presença global. In Iliana Olivié, Luís Nuno Rodrigues, Manuel Gracia, Pedro Seabra (Ed.), España y Portugal en la globalización: 500 años de la primera circunnavegación. (pp. 61-85). Madrid: Real Instituto Elcano, Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales y Agencia Estatal Boletín Oficial del Estado.
I. Olivié et al., "Espanha e Portugal no mundo: análise com base no Índice Elcano de presença global", in España y Portugal en la globalización: 500 años de la primera circunnavegación, Iliana Olivié, Luís Nuno Rodrigues, Manuel Gracia, Pedro Seabra, Ed., Madrid, Real Instituto Elcano, Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales y Agencia Estatal Boletín Oficial del Estado, 2022, pp. 61-85
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TY - CHAP TI - Espanha e Portugal no mundo: análise com base no Índice Elcano de presença global T2 - España y Portugal en la globalización: 500 años de la primera circunnavegación AU - Olivié, I. AU - Gracia, M. AU - Ribeiro, I. M. PY - 2022 SP - 61-85 CY - Madrid UR - https://www.cepc.gob.es/publicaciones/monografias/espana-y-portugal-en-la-globalizacion-500-anos-de-la-primera-circunnavegacion-espanha-e-portugal-na AB - Nos últimos 500 anos, o papel de Espanha e de Portugal nas diferentes fases da globalização tem vindo a mudar. Se na internacionalização que nasceu com a primeira circunavegação, os dois países foram co-protagonistas, a par de outras metrópoles, de uma globalização eminentemente cultural, comercial, tecnológica e bélica, a história ibérica dos séculos XVIII a XX, por sua vez, transforma substancialmente o papel de ambos nos processos de globalização e regionalização. Esta alteração define assim uma incorporação tardia e, portanto, mais passiva, numa comunidade inter- nacional cada vez mais globalizada desde o fim da Segunda Guerra Mundial, particularmente desde os anos 70 (coincidindo com os processos de liberalização financeira) e, de forma acelerada, desde os anos 90 (após o desaparecimento do bloco soviético). Embora, em ambos os casos, a relação com as diferen- tes estruturas de governação global tenha começado em meados do século XX, foi apenas a partir das duas transições democráticas em Espanha e Portugal (praticamente coincidentes no tempo) que ocorre uma clara abertura ao sistema económico e político internacional. Esta incorporação rápida, tardia e ne- cessariamente algo passiva (em estruturas já moldadas e lideradas por outros países) define fortemente as suas políticas externas e também a sua projeção externa eficaz, a cuja análise dedicamos este capítulo. Tanto as estratégias como as análises de política externa possuem, ainda na atualidade, uma forte componente geográfica enraizada em elementos históricos. Como tal, os objetivos de política externa de Portugal enquadram-se em termos de regiões e países preferidos (por exemplo, o Brasil na América Latina, a África Lusófona). De facto, como se verá neste capítulo, a concentração no espaço europeu em ambos os casos tem a sua explicação na evolução económica, política e social dos últimos 40 anos. É por esta razão que a literatura sobre geopolítica clássica e crítica é particularmente propícia à análise do perfil da inserção externa de Portugal e Espanha, através do Índice Elcano de Presença Global, e é também por esta razão que a projeção externa dos dois países é analisada sob uma perspetiva eminentemente geográfica. ER -