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Trindade, I., Neves, D. M., Santos, M. & Pintassilgo, S. (2022). O parto em casa em Portugal: o que mudou com a pandemia por COVID-19?. 1ª Conferência de Saúde Societal -“Saúde societal no futuro Pós-covid -19”.
I. Trindade et al., "O parto em casa em Portugal: o que mudou com a pandemia por COVID-19?", in 1ª Conferência de Saúde Societal -“Saúde societal no futuro Pós-covid -19”, Lisboa, 2022
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TY - CPAPER TI - O parto em casa em Portugal: o que mudou com a pandemia por COVID-19? T2 - 1ª Conferência de Saúde Societal -“Saúde societal no futuro Pós-covid -19” AU - Trindade, I. AU - Neves, D. M. AU - Santos, M. AU - Pintassilgo, S. PY - 2022 DO - https://iscte-saude.iscte-iul.pt/ CY - Lisboa AB - Comparativamente a outros países europeus, Portugal conheceu um movimento de hospitalização dos nascimentos tardio, mas acelerado. Se em 1960 aproximadamente 80% dos nascimentos ainda ocorriam em casa, na década de 1980 o parto domiciliário já constituía um fenómeno raro (Santos, 2018). Atualmente, apesar das diferenças em termos do acesso, da oferta e do estatuto formal dos locais de nascimento na Europa, os dados estatísticos disponíveis dão conta do caráter excecional do parto em casa que, na maioria dos países europeus, corresponde a uma proporção inferior a 1% do total de nascimentos (Euro-Peristat, 2013). Em Portugal, nos anos de 2020 e 2021 ocorreram 84691 e 79795 nados-vivos, respetivamente – valores que não contrariam a tendência de há várias décadas de redução dos nascimentos, pontuada por oscilações conjunturais, associadas a ciclos sociais, económicos e políticos que influenciam as decisões dos indivíduos, casais e famílias, em matéria de fecundidade. Mas o que os anos de 2020 e 2021 parecem ter trazido de novo foi um aumento da proporção dos nascimentos em casa, que merece agora ser problematizado à luz das circunstâncias especiais produzidas pela pandemia por Covid 19 à escala global. Assim, esta comunicação vem precisamente incidir sobre o fenómeno do parto em casa em Portugal, durante o período da pandemia por Covid 19. Apesar de a proporção de nados-vivos no domicílio não ter deixado de ser residual durante os anos da pandemia, a crescente mediatização deste fenómeno e as suas especificidades ainda mal conhecidas justificam uma análise mais aprofundada das suas características. Mais concretamente, esta comunicação vai procurar problematizar a relação entre o aumento dos nados-vivos em casa e as mudanças verificadas na assistência em saúde materna por via da adoção de medidas de contingência da pandemia nas instituições hospitalares em Portugal nos últimos anos. ER -