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Sousa, João Carlos, Peixoto, J. & Nuno Amaral Jerónimo (2013). Entre a cidade e as aldeias: Itinerário local de uma observação sociológica. In Rita d’Ávila Cachado e Joana Azevedo) (Ed.), SICYurb · Proceedings of the Second International Conference of Young Urban Researchers. (pp. 151-165). Lisboa: ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa.
J. C. Sousa et al., "Entre a cidade e as aldeias: Itinerário local de uma observação sociológica", in SICYurb · Proc. of the 2nd Int. Conf. of Young Urban Researchers, Rita d’Ávila Cachado e Joana Azevedo), Ed., Lisboa, ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa, 2013, vol. Vol.1, pp. 151-165
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TY - CPAPER TI - Entre a cidade e as aldeias: Itinerário local de uma observação sociológica T2 - SICYurb · Proceedings of the Second International Conference of Young Urban Researchers VL - Vol.1 AU - Sousa, João Carlos AU - Peixoto, J. AU - Nuno Amaral Jerónimo PY - 2013 SP - 151-165 CY - Lisboa UR - https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/4307/18/SiCYUrbVolumeI.pdf AB - O empreendimento levado a cabo pelas ciências sociais, mormente pela sociologia, considerou desde cedo, como privilegiada a unidade de análise “cidade”. Historicamente não será dissociável o facto do advento da modernidade ficar indubitavelmente associado a um crescimento sem precedentes da vida social em espaço urbano. O espaço citadino assume-se desta forma, como o ponto gravitacional, da atenção prestada logo pela geração fundadora, desde Karl Marx, passando por George Simmel, todos eles lhe dedicaram considerável atenção nos seus respectivos esforços teóricos. Tomamos a cidade como ponto de referência, enquanto vértice onde convergem diversas e diametrais dinâmicas, em que a permanente reconfiguração espácio-temporal pauta a vida quotidiana. Neste sentido, os autores partindo do eixo teórico cidade-campo em permanente simbiose com a dupla unidade espácio-temporal, procuram reconstruir o ambiente cénico, recorrendo a paradigmas da sociologia interpretativa-subjectivista como o interaccionismo simbólico de Erving Goffman (1993) e a fenomenologia por intermédio de George Ritzer (1992). No plano metodológico, tal como já anteriormente fizemos referência, a pesquisa seguiu uma via qualitativa. Os investigadores sociais que optam pelo método qualitativo “comungam os pontos de vista subjectivista e fenomenológico segundo os quais as ciências sociais se devem interessar mais por dimensões vividas pelos seres humanos do que por impactos de quaisquer fenómenos físicos” (Foddy, 1993p.15). Assim importa referir que pretendemos a compreensão da acção observando a vida quotidiana, (Viagem de autocarro), e não uma confirmação ou sistematização da realidade em estudo, introduzindo ainda na equação teórica o elemento de estarmos a tratar de um acto diário, ou por outras palavras, de um movimento pendular que compreende unidades territoriais, cidade vs campo, numa área de gradativa de baixa densidade populacional. Na linha dos procedimentos metodológicos e técnicos, sublinhamos o recurso à observação participante. Segundo Firmino da Costa, e no sentido de minimizar o impacto na relação investigador — objecto de estudo, o investigador deve optar por “situações públicas altamente impessoais, tais como passear anonimamente numa avenida, estar sentado num café ou circular nos transportes colectivos (…), é necessário que o investigador faça parte (…) [do] contexto social ou esteja com ele fortemente familiarizado por socialização ou aproximação prévias” (2003, p. 135). Assim respeitando as bases da técnica, procedemos à recolha de dados, de informações e constatações para posteriormente as enquadrarmos nos paradigmas já identificados. No estrito domínio empírico, o desenvolvimento da nossa pesquisa1, baseou-se em cinco incursões pelo terreno, no período compreendido entre 15 de Abril e 13 de Maio, todas as 3ª feiras. Estas consistem na realização da 5 viagens de autocarro, que faz a ligação entre a cidade da Covilhã e a vila dos Vales do Rio, no mesmo concelho, com uma duração aproximada de 35 minutos (18h30 — 19h05). Aludindo, a algumas das considerações a reter, dir-se-ia que esta viagem, assume-se como um privilegiado momento, em que os actores sociais, reconstroem o dia e projectam o manhã. ER -