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Sousa, João Carlos & Morais, R. (2019). Anatomia de uma Catástrofe Mediática: Pedrogão Grande e a Política da Inviabilidade. 3ª Conferência Televisão e Novos Meios.
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J. C. Sousa and R. Morais,  "Anatomia de uma Catástrofe Mediática: Pedrogão Grande e a Política da Inviabilidade", in 3ª Conferência Televisão e Novos Meios, Covilhã, 2019
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TY  - CPAPER
TI  - Anatomia de uma Catástrofe Mediática: Pedrogão Grande e a Política da Inviabilidade
T2  - 3ª Conferência Televisão e Novos Meios
AU  - Sousa, João Carlos
AU  - Morais, R.
PY  - 2019
CY  - Covilhã
UR  - http://www.labcom-ifp.ubi.pt/televisaoenovosmeios/assets/downloads/TveNovosMeios_BA.pdf
AB  - Tendo consequências drásticas, do ponto de vista material, ambiental e humanos, com um total oficial de 66 vítimas mortais, o incêndio florestal de 17 junho de 2017 em Pedrogão Grande transformou-se num dos eventos mais trágicos na história do país.
Tendo sido amplamente mediatizado, nomeadamente através da cobertura noticiosa ao longo de vários dias. A presente pesquisa tem assim como objetivo analisar a cobertura jornalística dos incêndios de Pedrogão Grande nas duas semanas seguintes ao seu inicio, com o intuito de compreender que papel tiveram os media no processo de informação e interpretação dos factos por parte dos cidadãos. O ponto de partida consiste na ideia de que os media têm na atualidade a função de informar, mas também de promover um debate esclarecido por parte da opinião pública (Christian et al., 2009; Blumler & Gurevicth, 2009; Kovach & Rosenstiel, 2001). Cabe aos media a passagem para aquilo que se convencionou como o “tornar-se real” que numa “(...) perspetiva cosmopolita pode também ser estudado através da análise das formas como as catástrofes climáticas são (re) presentadas nos grandes meios de comunicação social e na comunicação digital” (Beck, 2017, p. 155). O “tornar-se real” consubstancia-se em tornar visível acontecimentos que nos pareciam distantes temporal e espacialmente. Através deste mecanismo, as consequências das alterações climáticas e o despovoamento do meio rural, que são muitas vezes invisíveis no dia-a-dia, tornam-se reais através da cobertura dos media. Assumindo como dimensões fundamentais as alterações climáticas e o abandono do meio rural, procurar-se-á perceber em que medida estas foram consideradas na agenda e enquadramento dos media, como fundamentais para a compreensão dos incêndios florestais em Portugal. A análise recorre à linha cronológica da cobertura mediática realizada pelos quatro sectores de media: televisão, rádio, imprensa escrita e homepages dos meios digitais. Nas duas semanas subsequentes ao eclodir do desastre, entre 17 e 30 junho 2017, as incidências de Pedrogão Grande pautaram a agenda mediática e com isso a possibilidade de encetar um debate sério sobre as suas causas, por forma a prevenir ou mitigar catástrofes futuras tornando-as visíveis. Em termos metodológicos a construção da amostra de peças jornalísticas a partir do Barómetro de Notícias do Laboratório de Ciências da Comunicação do ISCTE-IUL resultando num n=427. A metodológica seguirá uma abordagem mixed method (Croucher & Cronn-Mills, 2015) de forma a tornar possível um compromisso entre o tratamento quantitativo e qualitativo dos dados recolhidos, fazendo uso da análise multivariada (Carvalho, 2017). Em estudos anteriores foram objeto de análise dimensões como a atenção prestada aos bombeiros, às populações locais e as consequências dos incêndios (Cordner & Schwartz, 2018). Os estudos têm destacado igualmente o facto de a floresta ser apenas objeto de atenção mediática aquando da existência de incêndios florestais (Crespo & Rojas-Briales, 2015) e de a cobertura ser quase sempre sensacionalista e centrada nas consequências negativas imediatas (Pereiro, Dominguez & Lozano, 2018). Com efeito, com este esforço analítico pensamos poder vir a contribuir para um melhor entendimento acerca do modo como os media nacionais se comportam perante catástrofes.
ER  -