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Baldi, V. & Gala, A. (2021). Anticorpos à cultura da desconfiança: O regresso da ciência e da prudência na agenda mediática. Observatorio (OBS*). 115-126
V. Baldi and A. Gala, "Anticorpos à cultura da desconfiança: O regresso da ciência e da prudência na agenda mediática", in Observatorio (OBS*), pp. 115-126, 2021
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TY - JOUR TI - Anticorpos à cultura da desconfiança: O regresso da ciência e da prudência na agenda mediática T2 - Observatorio (OBS*) AU - Baldi, V. AU - Gala, A. PY - 2021 SP - 115-126 SN - 1646-5954 DO - 10.15847/obsOBS0020211954 UR - https://obs.obercom.pt/index.php/obs/about AB - Neste artigo explora-se a maneira da cultura mediática contemporânea refletir algumas das mudanças socioculturais e sociopolíticas trazidas pela pandemia. Por um lado, pretende-se analisar a presença constante de alguns representantes da cultura científica dentro do cenário info-comunicacional, por outro observa-se a recrudescência do extremismo ideológico e das narrativas conspirativas. Explorando um conjunto de estudos de caso tenciona-se refletir sobre as implicações culturais e políticas desafiadas por estas duas opostas dimensões presentes no panorama mediático. A introdução na agenda mediática da linguagem e da abordagem científica à emergência sanitária é perspetivada como promissora de uma humanização da ciência e de uma nova aproximação entre peritos e leigos. Porém, ao mesmo tempo, são assinalados os riscos que derivam duma sempre possível politização do seu discurso, bem como duma visão ingénua que perspetiva de forma neutra e autónoma a sua atuação. A violência ideológica que sustenta a infodemia é, por sua vez, analisada como algo que não deve ser pensada apenas como um problema de ignorância ou iliteracia (geradora de fake knowledge), mas como uma forma de revolta orientada à desestabilização social, à refutação das regras do jogo democrático e das formulas jurídico-políticas tradicionais. O problema urgente não é a presença de teorias conspirativas, mas a vontade de acreditar nelas tornando-as objeto de campanhas de ódio. Neste sentido, as ciências da comunicação são desafiadas a colaborar de forma mais integrada com a ciência política e a sociologia da ciência. ER -