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Costa, G., Raposo, O., Martins, J., Garcia Ruiz, M. & Nofre, J. (2022). Lazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: O caso dos jovens do bar Antù em Lisboa. Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia. 54 (3), 118-143
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G. T. Costa et al.,  "Lazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: O caso dos jovens do bar Antù em Lisboa", in Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, vol. 54, no. 3, pp. 118-143, 2022
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TY  - JOUR
TI  - Lazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: O caso dos jovens do bar Antù em Lisboa
T2  - Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia
VL  - 54
IS  - 3
AU  - Costa, G.
AU  - Raposo, O.
AU  - Martins, J.
AU  - Garcia Ruiz, M.
AU  - Nofre, J.
PY  - 2022
SP  - 118-143
SN  - 2179-7331
DO  - 10.22409/antropolitica2022.i3.a54935
UR  - https://periodicos.uff.br/antropolitica
AB  - Em Lisboa, desde o primeiro verão pandêmico, observamos o surgimento de novos atores informais na noite turística do antigo bairro portuário do Cais do Sodré que desenvolviam práticas alternativas de lazer com algumas particularidades: são jovens de nível socioeconômico precário, apresentam traços culturais alternativos e concentram-se para socializar e consumir álcool no espaço público em frente ao bar Antù. Esses jovens são vistos pelas autoridades públicas e por seu braço repressivo policial como atores “indesejáveis” à “normalidade” da noite turística do Cais do Sodré. A sua “alteridade” (ligada a cor de pele, estética corporal e classe social) constitui-se como um elemento perturbador na noite turística da Pink Street. Essa área de diversão noturna tem uma natureza marcadamente hedonista e orientada quase exclusivamente para indivíduos brancos (lisboetas ou não) de classe média alta. Este artigo, resultante de um enfoque etnográfico, visa a analisar a dialética desigual entre a repressão policial (por vezes, violenta) e a resistência performativa dos atores “indesejáveis” da noite turística do Cais do Sodré. O artigo argumenta que os espaços em causa – o bar Antù e o espaço público situado ao redor do estabelecimento – não só emergem como palcos de uma forma de resistência performativa e recusa dos valores societais capitalistas, mas também como um local que proporciona alternativas de (de)construção comunitária e coesão social dentro de um contexto pós-pandêmico profundamente criminalizado, racializado e punitivo.
ER  -