Exportar Publicação

A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.

Exportar Referência (APA)
Almeida, Maria Antónia (2022). As criadas numa vila alentejana. Memórias de Servidão.
Exportar Referência (IEEE)
M. A. Almeida,  "As criadas numa vila alentejana", in Memórias de Servidão, 2022
Exportar BibTeX
@null{almeida2022_1734932919404,
	year = "2022",
	url = "https://projetos.dhlab.fcsh.unl.pt/s/memorias-de-servidao/item/54229?fbclid=IwAR3zrXlYj1qe6Slv65Njoiswgc-AoJTv4M4iGKcC9bzYnp-WOd0nOS98Psw"
}
Exportar RIS
TY  - GEN
TI  - As criadas numa vila alentejana
T2  - Memórias de Servidão
AU  - Almeida, Maria Antónia
PY  - 2022
UR  - https://projetos.dhlab.fcsh.unl.pt/s/memorias-de-servidao/item/54229?fbclid=IwAR3zrXlYj1qe6Slv65Njoiswgc-AoJTv4M4iGKcC9bzYnp-WOd0nOS98Psw
AB  - O livro Memórias Alentejanas do Século XX (Cascais, Princípia, 2010) reúne uma série de entrevistas realizadas com o objetivo de estudar o processo da Reforma Agrária que se iniciou no Sul de Portugal no final de 1974 e se prolongou, nalguns casos, por duas décadas. Depois dos factos apurados, o que fica é a memória de toda uma população afetada por uma experiência marcante e controversa. Salienta-se o contributo da História Oral para uma abordagem da história da mulher em meio rural, na qual se revelam histórias de vida de grande interesse humano, os percursos de pobreza e sofrimento, mas também de alegrias, que passam pelo serviço doméstico e o trabalho agrícola, as desigualdades no mercado de trabalho e a consciência das questões de género e de classe associadas às vivências próprias de meio rural marcado pelo latifúndio e pelo trabalho precário e sazonal. Apresenta-se a memória oral de uma geração em vias de desaparecimento que viveu o regime do Estado Novo em meio rural e participou ativamente na transição para a democracia. As entrevistas foram realizadas a membros das várias classes sociais e o critério de seleção obedeceu a uma amostragem do ecletismo da população local. 
O resultado foi esclarecedor quanto à diversidade de experiências e percursos e permite verificar que a vivência feminina das trabalhadoras rurais era marcada por uma infância em casas alheias, a prestar serviços em troca de comida, que não tinham na sua própria casa, seguida de uma adolescência animada pelos trabalhos rurais e pelo convívio que estes proporcionavam. Depois vinha invariavelmente o sofrimento, sobretudo após o casamento e a chegada dos filhos. E ainda a subtileza do discurso sobre o aborto e a contraceção, tema importante nesta região do país. Por outro lado, entre as proprietárias e outras mulheres de condição social mais privilegiada, o acesso à educação estava limitado pela sociedade patriarcal onde estavam inseridas, numa total dependência de pais e maridos. Na segunda metade do século XX verifica-se alguma evolução no sentido do interesse na alfabetização das mulheres e maior autonomia, um fenómeno transversal a todas as classes sociais. 
ER  -