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Trindade, I., Neves, D. M., Santos, M. & Pintassilgo, S. (2022). O parto em casa em Portugal entre 1995 e 2020: características e resultados em saúde materna e infantil. VI Congresso Português de Demografia.
I. Trindade et al., "O parto em casa em Portugal entre 1995 e 2020: características e resultados em saúde materna e infantil", in VI Congr.o Português de Demografia, Lisboa, 2022
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TY - CPAPER TI - O parto em casa em Portugal entre 1995 e 2020: características e resultados em saúde materna e infantil T2 - VI Congresso Português de Demografia AU - Trindade, I. AU - Neves, D. M. AU - Santos, M. AU - Pintassilgo, S. PY - 2022 CY - Lisboa UR - https://apd2022.net/ AB - O processo de hospitalização dos nascimentos em Portugal foi tardio, mas acelerado, quando comparado com o de outros países europeus, acompanhando mudanças, em termos sociais e demográficos, e o contexto de medicalização da sociedade em que se insere o atual modelo assistencial. Nesse contexto, os anos de 2020 e 2021 revelaram um aumento da proporção dos nascimentos em casa, que poderá ser lido à luz das circunstâncias especiais produzidas pela pandemia por Covid 19 à escala global. Com efeito, o ano de 2020, primeiro ano de pandemia, registou a frequência mais elevada de partos domiciliários das últimas duas décadas. Assumindo que o local e as condições de nascimento, de forma abrangente, não serão neutros para os resultados em saúde materna e infantil, e apesar da falta de informação integrada sobre essas diferentes dimensões do nascimento, esta comunicação visa: i) analisar o parto em casa em Portugal, em 2020, de acordo com as características sociodemográficas dos progenitores, da gravidez e da assistência ao nascimento; e ii) analisar a associação entre a assistência ao parto domiciliário e os resultados em saúde materna e infantil, no período mais alargado, de 1995 a 2020. Para tal, a partir da informação disponível nas bases de dados oficiais dos nados-vivos, disponibilizadas pelo INE, considerou-se uma abordagem descritiva de diferentes dimensões do parto em casa – associadas às características do nascimento, da assistência e sociodemográficas dos progenitores – assim como a análise à associação entre parto no domicílio com assistência especializada, não especializada ou sem assistência e as taxas de mortalidade materna, infantil, perinatal e neonatal. Os resultados revelam o nascimento no domicílio como um fenómeno não homogéneo, cujas características se aproximam mais das dos nascimentos ocorridos em hospitais do que noutros locais. No contexto domiciliário, o tipo de assistência ao nascimento associa-se a resultados diferentes de saúde infantil. ER -