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Borges, V. (2022). Inquérito às práticas culturais: o “omnivorismo” dos portugueses. Jornal Público. Jornal Público.
V. S. Borges, "Inquérito às práticas culturais: o “omnivorismo” dos portugueses. Jornal Público.", in Jornal Público, 2022
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TY - GEN TI - Inquérito às práticas culturais: o “omnivorismo” dos portugueses. Jornal Público. T2 - Jornal Público AU - Borges, V. PY - 2022 UR - https://www.publico.pt/2022/02/23/culturaipsilon/opiniao/inquerito-praticas-culturais-omnivorismo-portugueses-1996263 AB - Os resultados do primeiro Inquérito nacional às práticas culturais dos portugueses acabaram de sair. É um trabalho inédito, encomendado pela Fundação Calouste Gulbenkian, ao ICS-UL, e publicado pela Imprensa de Ciências Sociais (Pais, Magalhães e Antunes, coord., 2022). A análise dos dados - relativos à frequência do cinema, espetáculos ao vivo, como teatro, ópera, ballet, outras danças, concertos de música, festivais e festas locais - dão suporte ao paradigma contemporâneo que discute uma orientação mais “omnívora” dos indivíduos aos consumos culturais. O “omnivorismo cultural” desafia o argumento que coloca a “herança familiar” no centro de todas as explicações (Bourdieu, 1984) e o argumento que considera que os indivíduos têm capacidade para se libertar dos condicionamentos sociais (Lahire, 2008). É uma metáfora analítica utilizada por R. Peterson (1992, 1997). Este investigador e os seus colegas mostraram que as elites dos EUA estavam a consumir uma variedade de atividades culturais, com diferentes níveis de sofisticação e onde se incluía a cultura popular. Com o caso português, mostramos como o omnivorismo está associado também às “metamorfoses da distinção” (Coulangeon, 2011) que resultam em grande medida da expansão da educação, das políticas públicas que articulam cultura e educação, e dos caminhos que se abrem a uma socialização mais alargada, junto das comunidades locais e digitais. Não sabemos como vão evoluir os perfis de consumo mais abertos, mas os resultados deixam-nos pistas muito sugestivas. ER -