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Tavares, André & Inglez de Souza, D. (2022). Arquitectura do Bacalhau e Outras Espécies - Uma Leitura Crítica da Paisagem Construída pelas Pescas Portuguesas. Porto. Dafne.
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T. André and D. B. Souza,  Arquitectura do Bacalhau e Outras Espécies - Uma Leitura Crítica da Paisagem Construída pelas Pescas Portuguesas, 1ª ed., Porto, Dafne, 2022
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TY  - BOOK
TI  - Arquitectura do Bacalhau e Outras Espécies - Uma Leitura Crítica da Paisagem Construída pelas Pescas Portuguesas
VL  - 1
AU  - Tavares, André
AU  - Inglez de Souza, D.
PY  - 2022
CY  - Porto
UR  - https://dafne.pt/livro/arquitectura-do-bacalhau-e-outras-especies/
AB  - Qual é a arquitectura do bacalhau? É óbvio que um peixe não constrói edifícios, mas as suas características biológicas geram arquitectura. Este livro explora essa hipótese e foca-se na costa portuguesa para compreender as relações dinâmicas entre a construção em terra e a instabilidade dinâmica dos ecossistemas marinhos. Olhando para os séculos XIX e XX, num momento em que a industrialização das pescas impulsionou grandes transformações em terra e no mar, são escrutinadas as construções e territórios associados ao bacalhau, à sardinha, ao atum, à pescada e ao trio polvo, peixe-galo e tamboril. Através de várias chaves de leitura, da biologia dos animais às tecnologias da pesca e processamento do pescado, da política às práticas de consumo, é possível compreender a que ponto os peixes deram forma à construção da paisagem e do território e, em paralelo, como essa transformação aumentou a pressão ecológica sobre o mar.
O livro está organizado em cinco capítulos, cada um deles dedicado a espécies diferentes. O bacalhau apresenta uma história alternativa à narrativa épica construída pelo Estado Novo, contrapondo as contradições políticas que geraram as formas construídas com os limites dos ecossistemas que essas políticas encontravam nos bancos de pesca da Terra Nova. A sardinha permite ler os processos de industrialização associados às conserveiras, cujo desenvolvimento tecnológico em relação à salga em barrica implicou uma maior pressão sobre as populações de sardinha na costa portuguesa, passando por Setúbal, Portimão e Matosinhos. O atum deu lugar à construção de aglomerados piscatórios mais ou menos instáveis associados às armações de pesca na costa Algarvia, povoando as areias da região com cabanas e arraiais. A pescada, nos anos de 1960, ficou associada à pesca de arrasto e à congelação que, com outras espécies menos populares, deram suporte a uma nova política de distribuição de peixe concebida a partir de Lisboa. Finalmente, o polvo, o peixe-galo e o tamboril mostram como os pescadores da Póvoa de Varzim territorializam o mar e contribuem para um equilíbrio dinâmico entre espécies. Este livro resulta de uma investigação desenvolvida no Lab2PT, Universidade do Minho em parceria com o Ciimar Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto. 
ER  -