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Freire, A., Carvalho, H. & Queiroga, V. (2022). Party polarization and ideological voting in Portugal, 2002-2022. Portugal eleitoral, 2002-2022. Mudança e continuidade no comportamento eleitoral português.
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A. R. Freire et al.,  "Party polarization and ideological voting in Portugal, 2002-2022", in Portugal eleitoral, 2002-2022. Mudança e continuidade no comportamento eleitoral português, Lisboa, 2022
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@misc{freire2022_1731459702353,
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TY  - CPAPER
TI  - Party polarization and ideological voting in Portugal, 2002-2022
T2  - Portugal eleitoral, 2002-2022. Mudança e continuidade no comportamento eleitoral português
AU  - Freire, A.
AU  - Carvalho, H.
AU  - Queiroga, V.
PY  - 2022
CY  - Lisboa
UR  - https://www.ics.ulisboa.pt/evento/mudanca-eleitoral-em-tempos-de-perma-crise-portugal-2002-2022
AB  - Os estudiosos dos comportamentos eleitorais têm demonstrado que o contexto institucional e político pode ser fundamental na explicação do voto dos eleitores, pelo menos tão importante quanto as características individuais dos cidadãos. Nomeadamente, pretendemos explicar as variações entre eleições no voto com base na ideologia (isto é, o sentido de voto com base na posição dos eleitores na escala esquerda-direita, e a distância desta posição individual face à posição média do partido escolhido, na mesma escala) através do contexto político. A evidência aponta que eleições ideologicamente mais polarizadas levem a um voto em que a ideologia tem um peso relativo maior, ceteris paribus, face a eleições com menor diferenciação ideológica entre os partidos (menor polarização). Todavia, por um lado, esta questão está pouco estudada em Portugal e as bases de dados do PNES (Portuguese National Election Study) de 2002 a 2022 permitem-nos colmatar tal lacuna. Por outro lado, Portugal é um caso especialmente relevante neste domínio porque até 2015 a política de alianças levava a que, quando o PS ganhava as eleições sem maioria absoluta, se aliava, formal ou informalmente, com as direitas para governar: a política portuguesa era pouco polarizada. Tal mudou a partir das eleições de 2015, em que as esquerdas se conseguiram finalmente entender para governar, finalizando um cisma de 40 anos. Este lapso temporal proporciona dispersão relevante ao nível da polarização na oferta para estudarmos o seu impacto no voto. Assim, usando o voto ideológico variável dependente, no nível macro (Nível 2), e o contexto de polarização ideológica ao nível da oferta como variável independente fundamental, e controlando outras variáveis, substantivamente relevantes, pretendemos aferir o efeito da polarização ideológica sobre o voto nas eleições portuguesas, 2002-2022. Note-se que no Nível 1, micro, a variável dependente é o voto (operacionalizado de duas maneiras: primeiro, em tantas variáveis dicotomizadas quantos os partidos e usando regressões logísticas para explicar o voto; segundo, transformando o voto numa variável ordinal em escala, 0-10, usando a posição média do partido, segundo os expert surveys, como valor para transformar a variável nominal discreta numa variável ordinal em escala, e usando assim regressões OLS). No nível 2, macro, aquilo que pretendemos explicar são as variações no coeficiente de regressão associado ao impacto da distância da posição individual na escala esquerda-direita face à posição média do partido escolhido na mesma escala sobre o voto, em cada eleição, usando o nível de polarização ideológica (índice) em cada eleição como variável explicativa no nível 2.
A análise dos dados longitudinais será realizada com modelos de regressão multivariados.

ER  -