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Marques Alves, P. (2022). A utilização do twitter pelos sindicatos dos professores em Portugal. Atas do IV Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação.
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P. J. Alves,  "A utilização do twitter pelos sindicatos dos professores em Portugal", in Atas do IV Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação, Braga, 2022
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TY  - CPAPER
TI  - A utilização do twitter pelos sindicatos dos professores em Portugal
T2  - Atas do IV Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação
AU  - Marques Alves, P.
PY  - 2022
CY  - Braga
AB  - A generalidade dos movimentos sindicais enfrenta uma crise profunda desde a década de 70, manifestada no refluxo dos efetivos e numa perda de influência social e política. As causas são múltiplas, nelas se mesclando fatores exógenos e endógenos ao sindicalismo. Tentando ultrapassar estes “tempos difíceis” (Chaison, 1996), os sindicatos têm implementado diversas ações, nomeadamente a presença na Internet, em particular nas redes sociais online. Alguns autores, imbuídos de uma “tecno-euforia” (Fuchs, 2014) chegaram a prognosticar que a Internet iria contribuir para uma transformação qualitativa das estruturas sindicais, conduzindo à emergência de novas formas organizativas, designadas por e-union (Darlington, 2000) ou cyberunion (Shostak, 1999), tendência que se aprofundaria com a Web 2.0.

A crise afeta igualmente os sindicatos de professores portugueses. Nesta comunicação pretendemos analisar o modo como estão a utilizar as redes sociais online, com particular enfoque na sua presença no Twitter. Com esse objetivo, analisámos as suas contas oficiais nesta plataforma de microblogging, quer em termos do conteúdo dos tweets, quer do seu alcance (número de seguidores e volume de interações). Os dados referem-se ao primeiro trimestre de 2022.

Num contexto de profunda fragmentação do sindicalismo docente, concluímos primeiramente que o Twitter é utlizado de forma muito limitada, desde logo porque são poucos os sindicatos nele presentes. Este facto está em consonância com a sua reduzida difusão em Portugal. Efetivamente, em 2017, somente 22,7% dos portugueses tinham perfil nesta rede, contra 96% no Facebook (Marktest, 2017).

Muito restrito, é igualmente o alcance das mensagens produzidas, dado o escasso número de seguidores, que são muito heterogéneos. E a interatividade é extremamente reduzida, muito frequentemente nula. 

Por outro lado, o conteúdo das mensagens está de acordo com a forma tradicional de comunicação de cada sindicato. Alguns utilizam a plataforma fundamentalmente para mobilização; outros basicamente para informação, constituindo o Twitter mais um canal de divulgação dos pontos de vista oficiais das organizações.

Deste modo, verifica-se uma tendência para uma convergência no sentido de que o uso que é feito do Twitter não muda a forma como estes sindicatos atuam na Internet, o qual não contribui para a sua revitalização.

ER  -