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Miranda, B. P. (2023). Arquitetura e liturgia: O movimento litúrgico em torno de Romano Guardini. Lusitania Sacra. 47, 17-51
B. J. Miranda, "Arquitetura e liturgia: O movimento litúrgico em torno de Romano Guardini", in Lusitania Sacra, no. 47, pp. 17-51, 2023
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TY - JOUR TI - Arquitetura e liturgia: O movimento litúrgico em torno de Romano Guardini T2 - Lusitania Sacra IS - 47 AU - Miranda, B. P. PY - 2023 SP - 17-51 SN - 0076-1508 DO - 10.34632/lusitaniasacra.2024.11856 UR - https://revistas.ucp.pt/index.php/Lusitaniasacra/index AB - O homem contemporâneo tem dificuldade em reconhecer na forma de uma igreja e na liturgia o seu significado mais profundo? No editorial da revista de arquitetura AV monografias 95, de 2002, tecida sob o título genérico de Recintos Religiosos, Luis Fernando-Galiano aponta o divórcio entre a liturgia e a arquitetura como uma marca da construção da arquitetura religiosa no século XX. Esse, porém, não havia sido o propósito do Movimento Litúrgico nem aquele da renovação da arquitetura religiosa moderna. Liturgia e arquitetura encontravam, numa nova visão cristã do mundo, a motivação para o aggiornamento do lugar litúrgico. Apesar do caminho apontado pela liturgia reformada, firmada no Concílio Vaticano II, tem-se vindo a manifestar uma tendência para recuperar, na forma do espaço e da liturgia, uma imagem de Igreja porventura desadequada da sua vocação no mundo. É neste contexto que se interroga o carácter prospetivo da experiência vivida, pelo movimento da Juventude Católica Alemã (Quickborn), no castelo medieval de Rothenfels, em torno da figura de Romano Guardini e da sua visão católica do mundo. Uma visão não de uma história ou psicologia, de uma tipologia das diferentes visões possíveis do mundo, mas alicerçada no encontro da fé cristã com o mundo: as questões que a consciência mundana dirige à fé e a compreensão desta consciência mundana à luz da fé. A experiência, já centenária de Rothenfels, de reencontro entre a liturgia e a arquitetura, antecipou e preparou as reformas que viriam a ser firmadas no Concílio Vaticano II. Reformas e propostas que dificilmente serão compreendidas se dissociadas de uma dinâmica de regresso, permanente, às fontes do Cristianismo. Por oposição a um sistema de fórmulas mortas e de práticas mecânicas o Cristianismo autêntico é uma Tradição de vida, uma vida que cresce e se transforma de forma orgânica através de um processo de incarnação contínuo. Os cristãos, tributários dessa Tradição são, à luz desta razão, os monumentos litúrgicos do passado. ER -