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Rocha, J. S. (2022). Guerra irregular em Timor: a resistência contra o invasor japonês (1942-1945). In Jorge Silva Rocha (Ed.), Atas do XXX Colóquio de História Militar “A guerra irregular em Portugal: da fundação à atualidade”. (pp. 421-445). Lisboa: Comissão Portuguesa de História Militar.
J. M. Rocha, "Guerra irregular em Timor: a resistência contra o invasor japonês (1942-1945)", in Atas do XXX Colóquio de História Militar “A guerra irregular em Portugal: da fundação à atualidade”, Jorge Silva Rocha, Ed., Lisboa, Comissão Portuguesa de História Militar, 2022, pp. 421-445
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TY - CPAPER TI - Guerra irregular em Timor: a resistência contra o invasor japonês (1942-1945) T2 - Atas do XXX Colóquio de História Militar “A guerra irregular em Portugal: da fundação à atualidade” AU - Rocha, J. S. PY - 2022 SP - 421-445 CY - Lisboa AB - As operações militares ofensivas japonesas levadas a cabo durante a Segunda Guerra Mundial no Sudoeste asiático, alcançaram o seu limite geográfico mais a Sul com a invasão do território de Timor português em 20 de Fevereiro de 1942 a pretexto da presença de forças militares Australianas e Holandesas em solo timorense. Intimamente ligada ao ataque surpresa lançado pelas forças japonesas contra Pearl Harbour no Hawai bem como às operações militares nas Filipinas, Malásia, Bornéu, Hong-Kong, Guam e Nova Guiné, o ataque e invasão dos territórios das Índias Orientais Holandesas e de Timor português, enquadram-se no vasto programa de acções ofensivas nipónicas com vista à captura de áreas chave situadas a Leste de Bornéu, essenciais para o lançamento de operações contra a Austrália. A ocupação nipónica de Timor prolongou-se por três longos anos, até Setembro de 1945, durante os quais a população portuguesa europeia e timorense foi sujeita a todo o tipo de actos de deliberada submissão à violência, à tortura e humilhação pública. Durante a ocupação centenas de habitantes de Timor foram “empurrados” para duas zonas de concentração enquanto outras seis centenas de pessoas, mais afortunadas, conseguiram alcançar porto seguro no Norte da Austrália, evacuados por via marítima com o auxílio de navios de guerra australianos. No seio dos portugueses e timorenses evacuados para a Austrália contra a vontade das autoridades de Lisboa, as forças de operações especiais australianas recrutaram os elementos mais aptos para os treinarem, equiparem e armarem para acções de guerrilha contra as forças japonesas estacionadas em Timor.Este texto pretende, de forma exploratória e com recurso a fontes australianas, traçar um retrato resumido das principais acções de resistência contra as forças japonesas levadas a cabo por portugueses europeus, timorenses e australianos no período compreendido entre a invasão de Timor em 20 de Fevereiro de 1942 e a rendição das forças japonesas presentes em Timor em Setembro de 1945. Com o detalhe permitido pelas fontes disponíveis, procurar-se-á descrever o contexto do aparecimento das acções de resistência, sua dispersão geográfica, a composição dos grupos de resistentes, o seu treino, equipamento e as suas principais operações no período temporal em apreço. Conclui-se com uma breve referência ao reconhecimento, neste caso a falta dele, das autoridades portuguesas dos actos valorosos praticados pelos resistentes de Timor ER -