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Santos, P. (2022). Dissensos em torno das margens e centros: Planeamento urbano e contestação na zona oriental do Porto. Cadernos IS-UP. 1, 9-19
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P. S. Santos,  "Dissensos em torno das margens e centros: Planeamento urbano e contestação na zona oriental do Porto", in Cadernos IS-UP, no. 1, pp. 9-19, 2022
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TY  - JOUR
TI  - Dissensos em torno das margens e centros: Planeamento urbano e contestação na zona oriental do Porto
T2  - Cadernos IS-UP
IS  - 1
AU  - Santos, P.
PY  - 2022
SP  - 9-19
SN  - 2975-8033
DO  - 10.21747/2975-8033/cad1a1
UR  - https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/12147
AB  - Este artigo pretende discutir as noções de centro/margem, ou centralidade/marginalidade, no planeamento urbano e suas contestações. O objetivo é analisar como essas noções são mobilizadas de forma não consensual nas conceções de identidade urbana pelo governo local e por profissionais da chamada “classe criativa” com foco na zona oriental do Porto, mais detidamente no Bonfim. A partir da análise do novo Plano Diretor Municipal do Porto e de entrevistas semi-diretivas com profissionais da chamada “classe criativa” no Bonfim, busco compreender como a autarquia associa a noção de identidade urbana à de centralidade. O centro histórico do Porto seria uma referência incontestável da identidade urbana da cidade, coesa e historicamente construída. Já para os profissionais da “classe criativa”, a identidade urbana também seria criada nas margens e interstícios, produzida por classes não-dominantes e por modos alternativos de se fazer cidade. Este debate será introduzido numa discussão mais ampla sobre centro/margem no planeamento urbano e seu agenciamento estratégico no posicionamento das urbes na concorrência global intercidades.
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This article discusses the notions of core/periphery, or centrality/marginality, in urban planning and its contestations. It explores how centrality/ marginality is mobilised in non-consensual ways in the conception of urban identity by the local government and professionals of the so-called “creative class”. It focuses on the urban area of Bonfim, East Porto, through the analysis of urban planning documents and semi-direct interviews conducted with “creative class” professionals. I sought to find out how the local council associates the notion of urban identity with centrality; it appears that the council considers Porto’s historic centre as a reference for its urban identity. However, for “creative class” professionals, urban identity is also created in the margins and interstices, by the non-dominant classes. This theme is introduced within a broader discussion on the concept of core/periphery in urban planning and how it is strategically mobilised in the context of global intercity competition.
ER  -